Os primeiros terneiros Bravon no livro de registros da Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC) são da Fazenda Rio Canoas (Anita Garibaldi, SC): três fêmeas e dois machos do plantel de Wanderley Corona, que começou a trabalhar os primeiros cruzamentos em 2017.
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“Coloquei touros com a linhagem vermelha Brahman em cima das fêmeas Devon PO, para que o gado não fique pintado, eu quero preservar essa pelagem rubi. O meu plantel é todo vermelho, tanto os PO quanto os não PO. Sou pequeno produtor e sempre acreditei muito na raça. São mansos, carcaça excelente, estou bem satisfeito”, conta o criador.
A superintendente de registros da ANC, Silvia Freitas, acredita no potencial da nova raça. “A raça Devon, por si só, já é extremamente bem adaptada e portadora de excelentes características de produção. Isto nos leva a acreditar que o Bravon terá potencial ainda maior para ganhar espaço na pecuária nacional, visto o constante crescimento na demanda por raças sintéticas”, diz a zootecnista.
Lucas Hax, diretor técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Devon e Bravon (ABCDB) explica o manejo do gado. “É o mesmo do Devon, só que são animais mais rústicos, que suportam condições mais extremas, em termos de endo e ecto parasitas, em termos de calor e também de qualidade de forragem. O Bravon tem vigor híbrido, essa heterose do cruzamento chama a atenção”.
A raça sintética foi reconhecida oficialmente em setembro de 2020 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os cruzamentos entre animais Devon e raças zebuínas, como Nelore, Brahman e Sindi, se espalham desde o Sul do Brasil até regiões mais tropicais, como Mato Grosso do Sul, São Paulo e Bahia.
Fonte: Ascom ABCDB
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