Primeiros lotes de março nem fazem cócegas no mercado e arroba continua firme em R$ 300 em SP

Expectativa para este mês é de maior oferta de animais terminados a pasto

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Na primeira semana de março, o mercado do boi gordo começou a receber os primeiros lotes de animais terminados a pasto, embora ainda num ritmo bastante lento. O atraso do período chuvoso no Brasil Central retardou a entrada da safra de boiada gorda, que só agora começa a surgir no mercado, porém ainda sem quantidade suficiente para mudar a direção da arroba, que se mantém firme nas principais praças pecuárias, como em São Paulo, onde é negociada por valores acima de R$ 300 – chegando a R$ 310, no caso de animais com qualificados para atender ao mercado da China (bovinos jovens, com até 30 meses de idade).

“Os preços do boi gordo seguem firmes, mas existe a expectativa de volatilidade crescente nas indicações de compra conforme os lotes de animais a pastos são ofertados às indústrias frigoríficas”, observa a consultoria IHS Markit.


No entanto, favorecidos pela melhoria das pastagens, muitos pecuaristas optam por cadenciar as vendas, segurando a boiada já terminada nas fazendas. “A estratégia é barganhar melhores condições de preços de olho nos elevados custos de produção”, relata a IHS, citando o movimento de forte valorização no mercado de reposição, além do avanço nas cotações de alguns componentes da ração (milho e farelo de soja, principalmente).

Indústria

Os frigoríficos, por sua vez, também seguem bastante cautelosos em suas ordens de compras, devido à enorme dificuldade em repassar ao restante da cadeia (atacado/ varejo) o forte aumento nos custos gerado pelos preços recordes do boi gordo. Com uma economia em crise – agravada pelo descontrole da Covid-19 –, os consumidores preferem passar bem longe das prateleiras ocupadas com carne vermelha, optando em colocar em seus carrinhos de compras somente proteínas mais baratas, como o frango e a carne suína.

Tal comportamento impede qualquer tentativa de repasse de custos por parte das indústrias, que, sufocadas, decidiram reduzir a produção e, consequentemente, frear a busca por boiadas gordas.

Segundo a IHS, em Mato Grosso, há frigoríficos funcionando com apenas 45% da capacidade instalada. “A estratégia das unidades de abate é evitar formação de estoques diante das dificuldades de escoamento”, ressalta a consultoria. Outros frigoríficos de Mato Grosso estão funcionando apenas com compras de fêmeas e conseguem fazer escalas entre três a quadro dias, acrescenta a IHS.

No entanto, mesmo com os limites de compras impostos pelas indústrias, os preços do boi gordo não dão sinais de que deverão se distanciar muito das máximas vigentes, ao menos no curtíssimo prazo, aposta a consultoria.

Giro pelas praças

Nesta sexta-feira (5/3), na região Sudeste do Brasil, especificamente em São Paulo, os preços do boi gordo ficaram estáveis, refletindo a baixa liquidez nos negócios. Em Minas Gerais, a especulação altista dá sinais de enfraquecimento, pois as escalas de abate se encontram mais adequadas, informa a IHS Markit.

No Centro-Oeste, o destaque do dia ficou para Mato Grosso, mais especificamente para as regiões de Tangará da Serra e Cáceres, que além da oferta restrita de animais terminados, enfrentam problemas relacionados ao transporte de boiada por conta de excesso de chuva, que ocasionou alguns gargalos logísticos, prejudicando as transações dos carregamentos de gado entre as localidades.

Por sua vez, na região Sul, o pecuarista gaúcho segue aproveitando a boa condição de pasto para segurar gado, à espera de novas altas nos preços da boiada, relata a IHS.

Preços firmes no atacado

O mercado atacadista de cortes bovinos voltou a esboçar firmeza de preços. Segundo a IHS Markit, a produção da proteína bovina continua irregular em meio ao menor ritmo dos abates. Além disso, a retomada gradativa das exportações ajuda a equalizar os estoques domésticos de carne bovina, criando suporte aos preços.

Cotações desta sexta-feira (5/3), segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 291/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 281/@ (à vista)
vaca a R$ 269/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 284/@ (prazo)
vaca a R$ 268/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 289/@ (à vista)
vaca a R$ 277/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 273/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca R$ 288/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 281/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 294/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 281/@ (à vista)
vaca a R$ 271/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 274@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 277/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 269/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 263/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 263/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 273/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)

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