O baixo estoque e o elevado custo da matéria-prima têm elevado os preços de farelo de soja a patamares recordes nominais em diversas regiões do Brasil. Além disso, a demanda pelo derivado segue aquecida, tanto por compradores domésticos quanto externos. As informações são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo o centro de estudos da USP, os consumidores internos de farelo de soja, que estavam consumindo os estoques, iniciaram o mês de agosto com maior necessidade na aquisição desse coproduto. Entretanto, para adquirir novos lotes precisam competir com os demandantes externos, que continuam com forte procura pelo farelo de soja brasileiro.
De acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o consumo interno e as exportações de farelo de soja devem ser recordes nesta temporada 2019/20, estimados em 18,08 milhões de toneladas e em 17,5 milhões de toneladas, respectivamente (de out/2019 a set/2020). Este contexto deve resultar no menor estoque de passagem desde a safra 2009/10, esperada em apenas 2,3 milhões de toneladas em setembro deste ano. Diante disso, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, o farelo de soja se valorizou 2,3% entre julho e a parcial de agosto (até o dia 14).
Quando comparadas as médias de agosto de 2019 e agosto de 2020, os preços estão 45,9% superiores neste ano. Em termos reais (IGP-DI, de julho de 2020), a região de Campinas (SP) está nos maiores patamares desde dezembro de 2013.
Fonte: Boletim Cepea