Produtores dos EUA se opõem a abertura do país à carne brasileira

Em comunicado, associação americana de criadores cita a operação carne fraca e diz que rebanho americano está em risco

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Foto: ANPR

 

A Associação de Criadores de gado dos EUA (USCA) divulgou comunicado se opondo “fortemente” à possibilidade de retomada de compra de carne bovina in natura brasileira por parte dos americanos. Na nota, a associação rotula o Brasil como “mau ator no mercado global” e “país marcado por escândalos” envolvendo a sanidade animal, o que colocaria em risco a saúde do rebanho americano.


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A nota lembra que entre os dias 15 de maio e 2 de junho de 2017 (enquanto vigorou a breve abertura do mercado americano), mais de 861,3 milhões de toneladas em carne bovina do Brasil foram rejeitadas nas fronteiras americanas devido a “preocupações com a saúde pública, condições sanitárias e problemas de saúde animal” apontadas pelo serviço de inspeção e segurança alimentar do departamento de agricultura dos EUA (USDA).

A associação declara que o Brasil falhou em várias categorias em relação ao seu comércio com os EUA, incluindo: supervisão; autoridade estatutária, segurança alimentar e regulamentos adicionais de proteção ao consumidor; saneamento; análise de perigos e pontos críticos de controle; programas de testes de resíduos químicos e programas de testes microbiológicos

Entre os problemas, a USCA aponta que foram descobertos coágulos sanguíneos, lascas de ossos e abscessos em carne bovina importada do Brasil, o que “demonstra que os esforços de mitigação atualmente em vigor não são adequados para manter os produtos que podem transmitir a febre aftosa fora dos EUA”.

Risco

Os pecuaristas americanos mostraram-se preocupados também com o risco de um surto de febre aftosa nos EUA após a abertura do mercado, o que implicaria perdas econômicas avaliadas em US$ 14 bilhões devido a interrupções das exportações e a mudança de status na Organização Mundial da Saúde Animal (OIE)”. A Associação lembra da Operação Carne Fraca em 2017 – investigação que revelou esquema de suborno entre indústria e fiscais agropecuários para autorizações sanitárias.

O comunicado também menciona o pedido apresentado pela Abiec para alteração nas instruções de inspeção de importação da Diretriz FSIS 9900.1 e consequente eliminação do “estanho solto” da lista de condições identificadas como defeitos de contêineres. Na percepção da USCA, a petição é um exemplo de como o Brasil tenta contornar as regras e regulamentos americanos de segurança alimentar.

“Nós pedimos ao presidente Donald J. Trump e ao secretário Sonny Perdue que considerem fortemente as preocupações aqui delineadas para proteger a saúde do rebanho bovino dos EUA e garantir que a proteína favorita dos Estados Unidos continue sendo abundante”, finaliza o comunicado da Associação datado em 19 de março.

Posição Brasileira

Em nota, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) afirmou hoje que a delegação americana deve encontrar “um cenário em que o Brasil está livre da febre aftosa em todo o país, com a proibição da saponina nas vacinas. A instituição, contudo, reconhece que o Brasil ainda enfrenta dificuldades para reconstruir sua reputação junto ao mercado internacional após a Operação Carne Fraca.

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