O consultor Armélio Martins, gestor da Fazenda Engenho de Serra, em Bela Vista de Goiás, fecha terceira safra com números de fazer inveja e se prepara para iniciar fase de alta tecnologia
Por Moacir José
Números excepcionais – produção de 57@/ha e lucratividade de quase R$ 3.000/ha, ante 33,98@/ha e R$ 586/ha da safra 2018/2019 – confirmam o sucesso do “Projeto Primeiro Passo”, que foi capa da DBO em novembro de 2019. Iniciado em 2017, na Fazenda Engenho de Serra, em Bela Vista de Goiás, o projeto faz parte de um “sonho antigo” do gestor da propriedade, o consultor Armélio Martins, da Sisal Planejamento Agropecuário, de mostrar a produtores de todo o Brasil que é possível melhorar a produtividade da pecuária, com base principalmente no bom manejo de pastagens e na suplementação. Em seus três anos de existência, o projeto já recebeu quase 3.000 visitantes.
Na safra 2019/2020, foram acompanhados, na Fazenda Engenho de Serra, um total de 266 animais, divididos em dois grupos genéticos recriados em dois sistemas diferentes, que Armélio batizou de “freado” (garrotes mais erados, suplementados apenas com proteinado na proporção de 0,1% de seu peso vivo), e “acelerado” (bezerros com genética mais apurada, que receberam de 0,5% a 0,7% do PV em concentrado, dependendo do período do ano).
Todos os animais entraram na fazenda no fim de novembro de 2019. Os 156 garrotes comerciais do sistema “freado”, adquiridos por Armélio na região, foram subdivididos em três lotes. Após a recria, dois deles seguiram para a terminação intensiva a pasto (TIP) e um para um confinamento tradicional (boitel). Já os 110 bezerros do sistema “acelerado” eram do criador Wesley Pereira Carneiro, titular da Fazenda Caititu, de Campinaçu, também em Goiás, que participa do Programa de Melhoramento Genético Qualitas. Eles foram subdivididos em dois lotes: o primeiro, composto por 79 animais, foi vendido para o confinamento da JBJ, em Goiás, com peso médio de 15,7@; o segundo (31 cabeças) ficou mais um mês na Engenho de Serra e depois os garrotes foram vendidos como tourinhos. Por isso, os indicadores produtivos e econômicos do grupo “acelerado” foram menores.