Projeto une ganhos da pecuária, agricultura e mercado de carbono em Mato Grosso

Desenvolvedores do projeto Pasto Vivo falam ao DBO Entrevista de uma das primeiras vitrines tecnológicas privadas no consórcio de agrofloresta e bovinocultura de corte do País

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Aos poucos, uma fazenda tradicional de recria e engorda a pasto dá lugar a uma propriedade que unirá, além da produção de bezerros e boi gordo, a exploração de árvores para produção de madeiras, castanhas e biodiesel, e mais: a produção de grãos, como milho e soja, rotacionando com a área de pasto, e um mercado com serviços ecossistêmicos, como o de crédito de carbono.

A fazenda é da Luxor Agro, o braço de investimentos em agronegócio do Grupo Luxor, com sede no Rio de Janeiro (RJ), que atua nos setores hoteleiro, imobiliário e de capital de risco.


A companhia aportou R$ 5 milhões, junto com a holandesa Meraki Impact, para criar a uma das primeiras vitrines privadas de um novo modelo de pecuária que pretende mudar o conceito de criação de bovinos no País.

Foto: Divulgação/PRETATERRA

“A Luxor quer construir o maior monumento à agropecuária do Brasil e do mundo, fazendo uma agropecuária diferente”, diz o engenheiro florestal Valter Ziantoni.

“Vamos reinventar esse negócio de uma maneira muito mais rentável”, diz a engenheira florestal Paula Costa.

Valter e Paula são sócios da Pretaterra, um centro de inteligência agroflorestal que estruturará o modelo de produção das fazendas. Eles foram os convidados do programa DBO Entrevista que foi ar na segunda-feira (12/7) e falaram dos detalhes do projeto chamado de Pasto Vivo.

Da integração à pecuária regenerativa

A ideia do projeto se baseia nos conceitos de integração lavoura-pecuária-floresta (ILFP), mas quer ir além, através de um olhar holístico da pecuária regenerativa, aliando um modelo de produção com altas taxas de bovinos na pastagem, além da compreensão de todos os aspectos que cercam a fazenda.

A ideia por trás é bem simples: fisgar o consumidor de carnes, especialmente o internacional, a partir de um sistema cada vez mais amigável, integrado e em equilíbrio ao meio ambiente.

“Esse é um olhar para o futuro da produção de proteína no mundo. O projeto quer ser viável dentro da porteira, para a Luxor Agro, e para os investidores do Pasto Vivo, e quer servir de inspiração para todos os fazendeiros da região e do País”, explica Valter.

A transformação passo a passo

Inicialmente, serão convertidos os 1,2 mil hectares da fazenda São Benedito, em Pontes e Lacerda (MT), pertencente ao Grupo Luxor. Mas o plano é que o projeto englobe os 23 mil hectares, unindo as demais fazendas da empresa, vizinhas a São Benedito.

Vista aérea da fazenda São Benedito, em Pontes e Lacerda (MT), pertencente ao Grupo Luxor. No centro, as demarcações de linhas de árvores intercaladas com as futuras áreas de pasto. (Foto: Divulgação/PRETATERRA)

Os trabalhos de conversão da propriedade começaram este ano, com 10 hectares já convertidos, com a instalação de uma linha tripla de árvores intercalada com áreas de pasto, e com todas as áreas de preservação permanente protegidas. Até o final deste ano serão mais 50 hectares nessa mesma linha.

“Nosso planejamento é que o gado entre no final do terceiro ano, e início do quarto ano, porque escolhemos espécies de mais lento crescimento”, explica Paula.

As espécies escolhidas foram a aroeira, nativa da região e com potencial de madeira, e o baru e o cajueiro, que compõe a lista de produtos de alto valor agregado com a venda das castanhas. Além dessas espécies, também está na lista a macaúba, que pode ser utilizada na fabricação de biodiesel.

Mercado de serviços ecossistêmicos

A lista de receitas do Pasto Vivo inclui ainda o pagamento por serviços ambientais como o sequestro de carbono, além de melhorias que serão desenvolvidas como a manutenção, proteção e conservação do solo, a melhoria de retenção de água na terra e a manutenção da biodiversidade local.

Para os engenheiros florestais esse é mercado promissor e que já começa a atrair investidores, e gerará mais ganhos às fazendas.

“Ter uma árvore na fazenda, corresponde a 1 crédito de carbono, ou seja, 1 tonelada de CO2 equivalente. Hoje, no mercado tem preços de crédito de carbono variando de US$ 5 a US$ 20. Então, se plantarmos 500 árvores por hectare, a gente está falando de US$ 500 dólares por hectare”, diz Paula.

O Pasto Vivo contará também com o suporte da Embrapa Solos, na mensuração dos serviços ecossistêmicos no solo e o Instituto Savory, no apoio no manejo com gado e a definição adequada de gado.

Confira na íntegra a entrevista:

Regenerando o pasto e o capital com a superlotação de bois

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