Os produtores estão cada vez mais em busca de alternativas para melhorar o desempenho de seus animais na recria, fase mais crítica do ciclo produtivo. Como a maior parte dos bezerros é desmamada na entrada da seca, o desafio de ganhar peso recai justamente sobre os meses de menor oferta forrageira. Para contornar essa sazonalidade e garantir uns quilos a mais na balança, o pesquisador Gustavo Siqueira Rezende, da Agência Paulista de Tecnologias dos Agronegócios (Apta), unidade de Colina, SP, propõe duas estratégias nutricionais: alta suplementação ou sequestro. A escolha de qual caminho trilhar depende de fatores como infraestrutura, manejo da pastagem e disponibilidade de volumoso.
Seja qual for a escolha, o produtor deve estabelecer uma meta. Afinal, quantos quilos o animal deve ganhar nessa fase? “Ainda não temos informações suficientes para afirmar com certeza, mas acreditamos que o mais adequado seja um ganho entre 600 g/dia e 800 g/dia de peso vivo”, afirma Rezende. A preocupação em estabelecer uma diretriz faz todo o sentido. Embora alcançar esse ganho não seja tarefa fácil, na ânsia de turbinar a recria o produtor às vezes pisa demais no acelerador. “Se o animal ganhar muito peso nessa fase, acumula gordura precocemente, o que atrapalha o seu crescimento, além de aumentar o custo da arroba produzida”, afirma. Leia mais na edição de março de DBO