No mês de outubro o Instituto de Economia Agropecuária de Mato Grosso (Imea) contabilizou o custo de produção da pecuária de leite em Mato Grosso do 3° trimestre/19. O custo operacional e o total da atividade leiteira tiveram variações negativas de 0,3% e 0,4%, nesta ordem, ante o 2° trimestre/19.
Segundo o Instituto, isso aconteceu por causa da redução nos preços do touro para reprodução, produtos de ordenha e dos itens de suplementação animal. No caso deste último, a retração no preço da ração foi pautada pelos maiores estoques por parte das revendas, o que pressionou as cotações em momento oportuno, visto que no período seco há maior necessidade de suplementar os animais.
Além disso, a seca neste ano foi mais intensa, o que pode ter aumentado o período e o volume de fornecimento de ração para não comprometer a produtividade das vacas. Logo, a queda nos custos não necessariamente se refletiu em elevação no poder de compra do produtor; do lado da receita, o preço do leite está estagnado.
O preço do leite pago ao produtor em outubro, referente à captação de setembro, ficou praticamente estagnado em R$ 1,08/l. Isso porque a fraca demanda no período afetou as cotações dos principais derivados comercializados no estado.
De acordo com o índice de captação de leite do Imea, a oferta de matéria-prima recuou 2,55% em setembro, reflexo do atraso das chuvas no estado.
O preço da manteiga na indústria aumentou 5,26%, sendo o derivado que mais apresentou valorizações neste ano.
As relações de trocas do leite com semente de braquiária e com ureia aumentaram 0,62% e 0,09%, nesta ordem, devido ao aumento nos preços desses insumos. Isso está associado à maior demanda em virtude da abertura da janela para a manutenção de pastagem, conforme o boletim do Imea.
