As exportações argentinas de grãos e derivados resultaram em receita de US$ 1,734 bilhão em novembro, alta de 1,09% ante igual mês de 2019. Em relação a outubro, a receita foi 1,1% maior. Os dados foram divulgados pela Câmara da Indústria Oleaginosa da República Argentina (Ciara) e pelo Centro de Exportadores de Cereais (CEC), entidades que representam 41% das exportações totais argentinas.
O principal produto exportado pelo setor é o farelo de soja, contribuindo com cerca de 13% do total comercializado para o exterior pelo país.
“A receita de novembro foi a maior para o mês desde 2002, com exceção de 2014 e 2019 – anos de vendas antecipadas expressivas. Normalmente, a entrada de receita de exportações diminui sazonalmente nos últimos meses do ano, exceto em situações distintas”, pontuaram as entidades.
De janeiro a novembro, a receita resultante das exportações desses produtos alcançou US$ 18,584 bilhões, montante 13,5% inferior ao obtido nos onze meses de 2019. “O recuo na receita acumulada até novembro foi influenciado pelas paralisações dos sindicatos de receptores, pela queda relativa nos preços internacionais das commodities em virtude da pandemia de covid-19 e pela menor exportação e menor esmagamento de derivados de soja, que têm maior valor agregado”, apontaram as entidades.
As dificuldades operacionais em razão do baixo nível do Rio Paraná, que dificulta o trânsito e o carregamento de navios no Terminal de Rosário, e os atrasos nas operações por causa dos protocolos sanitários rígidos também foram destacados pelas entidades como motivos para a redução da receita de exportações no acumulado do ano.
