O Núcleo de Estudos em Sistema de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESpro), grupo de pesquisa filiado a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), promoveu nesta quinta-feira, 29, no auditório da Federacite no Parque de Exposições Assis Brasil (Esteio, RS), o workshop “Rendimento de Carcaça: uma pauta para a comercialização do gado gordo”.
O coordenador do NESPro, professor Júlio Barcelos (foto), abriu a manhã de debates com a presença de pecuaristas, pesquisadores e representantes de instituições e frigoríficos. Ele apresentou aspectos relacionados à comercialização de animais para abate e aos rendimentos na pecuária gaúcha.
Nos últimos anos, os estabelecimentos estaduais têm sido o principal destino para o abate de bovinos. De acordo com Júlio, entre os anos de 2009 e 2017 o rendimento de carcaça médio registrado nos frigoríficos gaúchos foi de 48%. No Uruguai, a média alcança 54,8%.
Rendimentos de carcaça de fazendas no Rio Grande do Sul (Fonte: NESPro)
FAZENDA |
SISTEMA ENGORDA |
CATEGORIA |
PESO FRIGORÍFICO (kg) |
RENDIMENTO FRIGORÍFICO (%) |
A |
Confinamento |
Novilhos 2-4 dentes |
430 |
51,3 |
B |
Campo nativo |
Fêmeas 4- 8 D |
436 |
47,4 |
C |
Suplementação |
Novilhos 4-6 D |
518 |
51,4 |
D |
Pastagem |
Fêmeas 8 D |
440 |
46,2 |
E |
Pastagem |
Fêmeas |
468 |
45,8 |
“O momento em que o peso de carcaça é considerado para pagamento é muito variável, o que gera muitas incertezas para o pecuarista na hora de decidir a venda. É necessário um consenso para harmonização e padronização das normas”, avaliou o professor da UFRGS.
O evento do NESPro abordou ainda atualizações em nutrição com foco em programação fetal e ferramentas que contribuam para o aumento do rendimento das carcaças de bovinos.