A China adotou controles fronteiriços mais rígidos depois do surto de peste suína africana, o que significa que as exportações de carne de búfalo da Índia para Pequim, que geralmente entram clandestinamente sobretudo pelo Vietnã, praticamente pararam. As informações são do site do jornal South China Morning Post.
A Índia é o segundo maior exportador mundial da proteína, atrás apenas do Brasil. Em alguns mercados, como a própria China, concorre diretamente com os exportadores brasileiros.
Os indianos não podem vender diretamente carne de búfalo para o mercado chinês devido a uma proibição introduzida por Pequim em 2001, após um surto de febre aftosa no país asiático.
O controle mais rígido das fronteiras na China prejudicou o comércio de carne no mercado negro, que normalmente movimenta em torno de US$ 2 bilhões por ano. Exportadores indianos agora esperam que a Indonésia possa mais que triplicar as compras de carne do país do Sul da Ásia para compensar as pesadas perdas deste ano.
Enquanto isso, a China, o maior consumidor mundial de carne de porco, vem aumentando consideravelmente as importações de carne bovina e outras proteínas, depois que a doença mortal dos suínos matou mais de um milhão de porcos.
De acordo com dados compilados pela Associação de Exportadores de Carne e Pecuária da Índia, os embarques indianos de carne e miudezas de búfalo para a China (via Vietnã, Mianmar, Tailândia e Hong Kong) caíram 23% no acumulado de janeiro a outubro deste ano na comparação com o volume registrado em igual período do ano passado.
Segundo a reportagem, os exportadores da Índia têm pressionado o governo local a conversar com a Indonésia para aumentar a cota de importação. A Índia também solicitou que o governo da China suspendesse a sua atual proibição de importações de carne de búfalo.