Nelore Água Fria investe em fêmeas superprecoces e aumenta produção de embriões, para viabilizar expansão de seu projeto pecuário
Por Larissa Vieira
Uma das maiores produtoras de touros Nelore da região Norte e do Brasil (1.000 exemplares vendidos em 2021), a Fazenda Água Fria, de Xinguara, sudeste do Pará, quase na divisa com o Tocantins, tem investido na intensificação da pecuária para dar máxima expressão à genética que seleciona há 50 anos.
O passo mais recente foi promover o deslocamento temporário de 2.600 bezerras (metade delas Nelore puras de origem) destinadas à reprodução para um confinamento – prática conhecida como “sequestro”–, como forma de melhorar o escore corporal das “precocinhas” (de 12 a 14 meses) e aumentar a taxa de prenhez dessa categoria, que já responde por 23% das 10.500 matrizes da propriedade (3.800 são PO).
Este será o segundo ano do projeto de fêmeas superprecoces da Água Fria. O objetivo, segundo João Guimarães Filho, administrador da propriedade – comprada pelo pai em 1972 (veja quadro na página ao lado) –, é intensificar o sistema de cria, tanto do gado puro quanto do comercial, e garantir a ampliação do rebanho, prevista para os próximos anos.
Na estação de monta passada, foram inseminadas 2.500 “precocinhas” (1.300 PO). Nas puras, foram aplicados até dois protocolos de IATF, mais repasse de touro, resultando num índice final de prenhez de 66%; nas “cara limpa”, foram três IATFs (sem repasse de touro), com 60% de prenhez. A meta deste ano é aumentá-la em 10%, nas duas categorias.