Revista DBO | Captação e distribuição de água muda a história de fazenda em Bonito (MS)
A partir da captação e transporte de água, fazenda aumenta produtividade na pecuária, entra na agricultura e reduz custos com energia
Canal de 1.200 metros de extensão faz a transposição do rio Laudejá até as rodas d’água da fazenda.
Por Ariosto Mesquita
Quando alguém decidir contar detalhadamente a história da Fazenda Laudejá, em Bonito (MS), a água certamente será personagem central. Sua ausência pontuou períodos de tristeza, perdas e indefinições, enquanto sua fartura e uso racional trouxeram vida, versatilidade e alta capacidade de produção de alimentos e abriram as portas para a adoção de ações de desenvolvimento eficientes e sustentáveis.
Quem chega à propriedade (com área total de 10.500 ha, 48% de reserva legal), distante 50 km da área urbana, vê água em inúmeros pontos. Somando pastos e confinamento (capacidade estática para 3.500 animais) são 17 reservatórios e 110 bebedouros com capacidade de armazenamento total de 2,650 milhões de litros, sem contar açudes e uma estrutura de calhas para captura de águas pluviais.
A capacidade atual da estrutura de abastecimento (captação e bombeamento) é de 1,2 milhão de litros/dia, graças a uma rede de água encanada cuja extensão é estimada em 50 km. Nada mal para uma demanda total de 450 mil litros/dia, somando as necessidades da bovinocultura de ciclo completo e da agricultura (soja e milho), que funcionam em integração lavoura-pecuária (ILP). Em valores atuais, o custo estimado da estrutura hidráulica da fazenda (sem contar mão de obra e serviço de valeteamento), é de R$ 2,860 milhões.
Mas nada disso existia em 1987, quando Leôncio (Leo) de Souza Brito Filho e sua esposa, Lizete Brito (ambos engenheiros agrônomos, ‘esalqueanos’ das turmas de 1968 e 1969, respectivamente), receberam a propriedade, após um sorteio que desmembrou o grupo familiar que chegou a reunir 10 fazendas pelo Mato Grosso do Sul (trabalho liderado pelo patriarca, Leôncio de Souza Brito, falecido 13 anos antes).
“A estrutura era incipiente. Tínhamos a sede, um curral deficiente, um pasto de capim Jaraguá, duas invernadas com forrageiras nativas e pouca gente pra trabalhar. Cabia, no máximo, 1.200 reses. Como recebemos um rebanho de 4.200 animais, tive de correr e alugar pasto. Matava boi com idade entre quatro e cinco anos. Hoje tem animal que vai para o gancho a partir de 18 meses”, conta Leo Filho.
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