Os resíduos de destilaria apresentam melhor relação custo-benefício, em relação a outros produtos concentrados
Por Moacir José
Até pouco tempo um insumo exclusivo para dietas de terminação em confinamento, os subprodutos das indústrias de etanol de milho ganham espaço também na suplementação a pasto. Pecuaristas com elevado nível de tecnificação lançam mão do produto com o mesmo objetivo de seus colegas de terminação intensiva: substituir totalmente a proteína encontrada no farelo de soja e parcialmente a proteína/energia proporcionada pelo milho, ambos encarecidos significativamente nos dois últimos anos.
Foi com esse objetivo que Alexandre Scaff Raffi, justamente há dois anos, introduziu o coproduto na suplementação das cerca de 2.000 novilhas recriadas e engordadas (1.500/ano) a pasto na Fazenda Boa Esperança, do pai Clóvis Hayrton Raffi, no município de Anastácio, região Centro-Oeste de Mato Grosso do Sul. “Os preços do farelo de soja ficaram muito altos. E o milho também subiu muito de preço”, diz ele, que faz compra antecipada do cereal.
O DDG usado por Raffi é o DDGS – sigla em inglês para Dry Distillers Grains with Solubles ou grãos secos de destilaria com solúveis, aditivos que melhoram a palatabilidade e a digestibilidade do alimento – que tem um teor de proteína variando de 32% a 35%, enquanto o farelo de soja possui de 46% a 48%.