Fazenda Cabeceira do Prata dá show de sustentabilidade, apostando em árvores nos pastos, insumos naturais, preservação da fauna, agroturismo e pecuária eficiente
Por Ariosto Mesquita
Ela foi comprada no século passado pelo pecuarista Hélio Coelho, prioritariamente para a família tomar banho de rio e pescar de arpão. Foi palco também para seu filho, Eduardo Folley Coelho, se tornar “fera” em matar passarinhos usando estilingue e espingarda de pressão. Quem diria! Hoje, pouco mais de quatro décadas após sua aquisição, a Fazenda Cabeceira do Prata, localizada em Jardim, no sul do Mato Grosso do Sul, é sinônimo de produção sustentável, conservação ambiental, eficiência produtiva, beleza e uso de insumos naturais.
Não somente isso: Eduardo, o outrora predador de aves, hoje dono da propriedade, tomou gosto em plantar árvores a partir dos seus 14 anos de idade e agora é um ferrenho defensor da biodiversidade, a ponto de criar, em 1999, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), de 300 ha, no entorno das águas cristalinas dos Rios da Prata e Olho D’Água. Atualmente, ele integra o Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GASS) e preside o Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (IASB), que reúne produtores, empresários, ambientalistas e políticos.
O perfil multifacetado da propriedade, que Eduardo recebeu do pai em 1995, tem rendido bons dividendos: já conquistou o Selo BPA Ouro da Embrapa, o Certificado de Qualidade Marfrig Group (que reconhece as propriedades com boas práticas agropecuárias) e o Certificado de Excelência para a produção de bovinos, concedido pelo Carrefour.