A Camello e a Cayman, lançadas no fim do ano passado pela Papalotla, são resistentes à seca e ao encharcamento
Por Moacir José
Os pecuaristas que pretendem estabelecer ou reformar pastos com braquiária já contam com duas novas cultivares – a Camello e a Cayman, lançadas no fim do ano passado pela Papalotla, empresa de capital mexicano que mantém parceria para comercialização de materiais desenvolvidos pelo Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), sediado na Colômbia.
As duas cultivares se destacam pela alta produção de massa verde, qualidade nutricional e adaptabilidade a condições edafoclimáticas específicas: baixa pluviosidade (Camello) e encharcamento do solo (Cayman), o que lhes confere boas perspectivas para plantio em
regiões pecuárias brasileiras.
As duas cultivares são híbridos apomíticos (assexuados), resultantes de cruzamentos de Brachiaria brizantha com B. ruziziensis e B. decumbens. A Papalotla também lançou o Mestizo, um blend (mistura) composto por 70% de sementes de Camello e 30% de Mulato II, que já é bem conhecido dos produtores brasileiros, pois foi o segundo híbrido de braquiária lançado no Brasil, em 2006, também pela Papalotla. A empresa mexicana depois repassou seus direitos de comercialização à Dow Agrosciences e hoje o Mulato II é vendido pela Barenbrug.