De acordo com o zootecnista e colunista de DBO Danilo Grandini, oportunidades para a carne brasileira seguirão firmes na próxima década
Por Danilo Grandini – Zootecnista, com pós-graduacão em análise econômica, e diretor global de marketing para bovinos da Phibro Animal Health
Recentemente, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) publicaram as projeções para o setor agropecuário na próxima década. O consumo per capita global de carne deverá saltar de 42,7 kg para 43,7 kg, comparando-se as médias de 2018/2020 com a de 2030, um incremente de 2,3%. Parece pouco, mas considerando-se o crescimento populacional, o aumento na produção de carne bovina deverá ser de 0,68% ao ano, e para ovinos, suínos e aves de 1,46%, 1,09% e 1,43% respectivamente.
A carne bovina perderá espaço na próxima década, algo que vem ocorrendo desde 2008, principalmente devido à concorrência de proteínas de menor custo, aves em especial. Resgatando-se uma interessante informação publicada em 2017 e posteriormente revisada em 2019 pela Our World in Data (veja tabela abaixo), a eficiência dos bovinos em conversão de matéria seca é de 25:1 (considerado o ciclo de produção), enquanto, nas aves, a relação é de 3,3:1.