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Revista DBO | Resgate total

Nelore Paranã “sequestra” 100% de seus 15.000 bezerro(a)s, durante cinco a seis meses de seca, para encurtar a recria e terminar os machos com 22@ aos 22 meses

Bezerros permanecem no sequestro por até 170 dias, recebendo dieta rica em volumoso.

Por Ariosto Mesquita

“Da desmama para o sequestro”. Esta é a máxima da Agropecuária Nelore Paranã, complexo de fazendas com quase 40.000 ha, em Iaciara, no nordeste goiano. A técnica de confinar bezerros nos períodos de escassez de forragem (também chamada de “resgate”) permite poupar pastagens e manter ganho contínuo na recria. Ela tem sido usada por um número cada vez maior de pecuaristas brasileiros, mas, na Paranã, atingiu grau máximo, tanto em quantidade de cabeças quanto em permanência no cocho.

A empresa sequestra 100% dos bezerros nascidos (cerca de 15.000 machos e fêmeas na safra 2020/2021), tratando-os não apenas em períodos de transição estacional (45 a 90 dias) como já é comum, mas durante toda a seca (média de 120 dias, podendo chegar a 170). A decisão de fazer “resgate total” de animais desmamados deve-se às condições climáticas da região, a mais árida do Estado, com pluviosidade média anual de 850 mm e até seis meses de estiagem. Além disso, cerca de 50% das pastagens da empresa são formadas com capins do gênero Panicum, que produzem menos na seca.

Diante dessas condições, o sequestro tornou-se ferramenta quase obrigatória para intensificação do projeto. Apesar de seus custos, a técnica garante boa lucratividade ao final do ciclo completo. O grande desafio é alimentar tantos bezerros a cocho, por período tão longo. Em 2021, os gastos com alimentação no sequestro chegaram a R$ 5 milhões. Mesmo assim, compensou financeiramente.

Uma análise de viabilidade econômica por amostragem, com machos Nelore próprios (nascidos em 2019, desmamados em 2020 e abatidos em 2021), apontou lucro médio de R$ 2.300/cab, no período entre a desmama e o abate, com sequestro na seca, recria em pasto rotacionado nas águas mais suplementação e engorda em confinamento. Esse sistema superintensivo, contudo, somente é viável porque a empresa produz parte da alimentação destinada aos animais sob pivôs.

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