O Rio Grande do Sul está perto de conseguir a suspensão da vacina contra a febre aftosa em sua área. A perspectiva vem por parte do governo gaúcho que entrou com o pedido de suspensão da vacina junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A área técnica da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado informa que segue trabalhando para manter o serviço veterinário oficial pronto para o atendimento de todas as exigências do Mapa. Durante a auditoria do Mapa, em setembro do ano passado, o trabalho técnico foi minuciosamente avaliado.
Nesta sexta-feira, 21 de fevereiro, o Ministério da Agricultura autorizou o Rio Grande do Sul a antecipar a vacinação contra a febre aftosa de maio para março.
A decisão atende a uma solicitação encaminhada pela Secretaria da Agricultura do Estado na última segunda-feira, 17. Com isso, a campanha de vacinação será feita de 16 de março até 14 de abril de 2020.
Conforme a nota do Ministério, a ação visa manter a possibilidade do estado gaúcho, caso cumpra todos os requisitos e ações previstas do Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), pleitear o reconhecimento de zona livre de febre aftosa sem vacinação perante à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em maio de 2021.
De acordo com o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, atualmente o que falta para a retirada da vacina é uma decisão política, uma vez que tecnicamente o estado está em alinhamento com a diretriz da tomada de decisão para a retirada da vacina.
“Essa possibilidade acena positivamente para os setores exportadores de proteína animal, pois permite o acesso a mercados diferenciados e que remuneram melhor”, afirma.
Com a antecipação da vacinação, o estado gaúcho busca se igualar ao Paraná. Isso porque, o Paraná efetuou a última imunização em maio do ano passado e agora busca o reconhecimento internacional de livre de aftosa sem vacinação. Atualmente, o Rio Grande do Sul possui aproximadamente 13 milhões de bovinos e teve o último registro da doença em 2001.