Ritmo lento dos negócios deixa boi gordo estável

Scot e IHS Markit afirmam que grande parte da indústria frigorífica deve permanecer fora das compras até a quarta-feira por estarem com escalas de abate preenchidas até para depois do Natal

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Grande parte das indústrias frigoríficas está fora das compras, mas o mercado do boi gordo segue com tendência de baixa, informam nesta segunda-feira (14/12) a Scot Consultoria e IHS Markit.

“Com a programação de abate praticamente completa para atender as festividades de final de ano, o mercado está frio”, relata a Scot. “Nesta segunda-feira, as indústrias optam em avaliar o resultado das vendas de carne bovina no final de semana para, só depois, traçar qual estratégia de compra de gado gordo adotar nos próximos dias”, observa a IHS.


Levantamento diário da Scot mostra que o valor do boi gordo seguiu estável em R$ 260/@, preço bruto e à vista. Os preços da da vaca e da novilha gordas também não sofreram alteração, e valem hoje R$ 246/@ e R$ 258/@, respectivamente.Veja ao final deste texto os preços dos machos e fêmeas desta segunda0-feira nas principais regiões pecuárias do Brasil.

Segundo a IHS, algumas unidades de abate relataram que devem permanecer ausentes do mercado do boi gordo até quarta-feira desta semana, por já estarem com escalas de abate preenchidas até para depois do Natal. “Tais frigoríficos chegaram a não sinalizar indicação de compra de boiadas no dia de hoje”, acrescenta a consultoria.

Outro ponto que também colabora para um mercado esvaziado da presença de compradores é o ritmo das vendas de carne bovina abaixo das expectativas dos frigoríficos. As quedas nos preços das proteínas concorrentes e as preocupações com novas contaminações com o Covid-19 trazem muitas incertezas em relação ao comportamento do consumo doméstico da proteína vermelha, relata a IHS Markit.

Além disso, o fluxo das exportações de carne bovina não demonstra a mesma intensidade dos meses anteriores, sobretudo pelo menor apetite chinês, bem como pela flutuação do dólar frente à moeda brasileira.

Do lado da oferta, continua a IHS, a baixa disponibilidade de animais prontos para abater ainda continua servindo de ponto de resistência para quedas mais significativas nos preços, uma vez que os movimentos de baixa ocorreram de forma isolada entre algumas praças pecuárias.

Queda nos abates e retenção de fêmeas

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relevou os novos números sobre o abate bovino no País. No acumulado de janeiro a setembro de 2020, as matanças atingiram 22,34 milhões de cabeças, com queda de 8% frente ao resultado de igual período de 2019.

O mesmo levantamento do IBGE mostrou que a taxa de abate de fêmeas atingiu 38,7% do total de bovinos abatidos entre janeiro e setembro, a menor participação desde 2016. “Tal fato sugere uma maior disposição dos pecuaristas em reter fêmeas com foco na reposição do plantel de animais, sobretudo diante dos preços recordes da reposição em função da escassez de animais jovens”, avalia a IHS Markit.

Além disso, o abate de novilhas, que vinha crescendo ano a ano e bateu recorde em 2019, registrou forte retração no período de janeiro a setembro, caindo 11,6% frente a 2019, para 2,52 milhões de cabeças.

Mercado atacadista mais firme

No mercado atacadista, o volume de negócios, embora não de forma generalizada, chegou a se mostrar mais regular nos últimos dias, o suficiente para neutralizar novos movimentos de queda nos preços dos principais cortes bovinas.

“O ambiente sugere um quadro de suporte, visto que não há registro de sobras de mercadorias em função da redução da capacidade de abate decorrente da restrita oferta de animais”, avalia a IHS.

Com a aproximação das festas de final de ano, o escoamento da carne bovina no mercado interno deve ganhar força, mas valorizações mais consistentes serão remotas, segundo prevê a IHS.

Confira as cotações desta segunda-feira, 14 de dezembro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 265/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 235/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 237/@  (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 250/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 248@ (prazo)
vaca a R$ 238@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 251@ (prazo)
vaca a R$ 240/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 237/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 247/@ (à vista)
vaca a R$ 236/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 247/@ (à vista)
vaca a R$ 235/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 254/@ (prazo)
vaca R$ 243/@  (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 255/@ (à vista)
vaca a R$ 238/@  (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 258/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 260/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 256/@ (à vista)
vaca a R$ 245/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 252/@ (à vista)
vaca a R$ 237/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 252/@ (à vista)
vaca a R$ 237/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 253/@ (prazo)
vaca a R$ 244/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 251@ (prazo)
vaca a R$ 248/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 258/@ (prazo)
vaca a R$ 253/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 241@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 251/@ (à vista)
vaca a R$ 243/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 232 (à vista)
vaca a R$ 223/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 247/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)

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