Pecuaristas criam associação da raça Murray Grey e apostam em cruzamentos com zebu para obter animais rústicos, eficientes e bons de carcaça
Por Ariosto Mesquita
São cerca de 400 animais puros no Rio Grande do Sul e 600 cruzados com zebuínos em outros seis Estados brasileiros (PR, SP, MG, MT, GO e RO). Assim está distribuído o rebanho de duas raças “debutantes” no mercado brasileiro: a australiana Murray Grey e a sintética Greyman, atualmente criadas por 40 pecuaristas brasileiros. Em abril deste ano, eles fundaram a Associação Brasileira de Murray Grey e Greyman (ABMGG). A aposta maior desses produtores é aplicar a genética australiana na produção de animais que resistam ao calor dos trópicos e ofereçam alta qualidade de carne.
Na Amazônia, mais especificamente no município de Cabixi (RO), o pecuarista Carlos Henrique Andrade De Carli, trabalha há seis anos com animais de sangue Murray Grey. Em 2014, chegaram os primeiros materiais genéticos oriundos do sul do País. Foram inseminados em vacas Brahman PO, que deram origem a animais ½ sangue Greyman (50% taurino e 50% zebuíno). Agora, em 2020, estão nascendo os animais ¾ Murray Grey. A previsão é de que os machos sejam comercializados como touros para cobertura de fêmeas Nelore em Rondônia. As fêmeas ¾ deverão ser mantidas como base genética.