Seca avança e a oferta de boiadas gordas tende a crescer, mas até agora os preços da arroba seguem firmes

Na visão dos analistas da IHS Markit, a atual estabilidade nas cotações reflete a morosidade dos negócios no mercado físico, marcado pela posição de cautela dos frigoríficos, que seguem com escalas de abate relativamente confortáveis

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O agravamento da seca em algumas regiões brasileiras elevou a oferta de lotes de animais terminados aos frigoríficos compradores, mas até agora os preços da arroba seguem firmes na maioria absoluta das praças do País – apesar da pressão de baixa imposta atualmente por algumas indústrias.

Segundo dados apurados nesta quarta-feira (27 de abril) pela Scot Consultoria, o macho gordo continua valendo R$ 315/@ no Estado de São Paulo, enquanto a vaca e a novilha terminadas são negociadas, respectivamente, por R$ 279/@ e R$ 312/@ (preços brutos e a prazo).


O valor de compra do bovino com padrão para exportação, o chamado boi-China, também continua o mesmo dos últimos dias, em torno de R$ 325/@ nas praças do interior paulista, acrescenta a Scot.

Na visão dos analistas da IHS Markit, o atual movimento de estabilidade nos preços da boiada gorda reflete a morosidade dos negócios no mercado físico, marcada sobretudo pela falta de apetite de grande parte dos frigoríficos brasileiros.

Essa ausência dos negócios, ressalta a IHS, é fundamentada pela posição de cautela que grande parte das indústrias resolveu adotar após a decisão da China em suspender, temporariamente, as compras de carne bovina oriunda de importantes unidades brasileiras exportadoras.

No entendimento dos analistas da IHS, há um certo temor no mercado de que outros embargos à plantas brasileiras sejam anunciados pelo governo chinês, que manifesta preocupação em relação à eventuais contaminações de mercadorias pelo vírus da Covid-19.

Um outro fator que explica a menor procura pelo animal terminado é a posição ainda relativamente confortável das escalas de abate dos frigoríficos brasileiros, que, conforme apurou a consultoria IHS, “seguem com volumes suficientes para atender as necessidades atuais de produção”.

“Embora já tenha ocorrido um certo encurtamento nos dias de operação de abate das indústrias, as atuais disponibilidades de lotes à receber estão enquadradas de acordo com a necessidade operacional dos frigoríficos”, reforçam os analistas da IHS.

Avanço do período seco – A faixa Centro-Norte do País, que se estende pelo Sudeste, Centro-Oeste e por algumas regiões do Norte/Nordeste, já se encontra em período de intensa estiagem.

“Há relatos de algumas áreas com mais de dez dias sem chuvas”, observa a IHS.

Dessa maneira, daqui para frente, muitos pecuaristas tendem a evitar o risco da perda de peso do animal – diante da piora de qualidade das pastagens –, optando, assim, pela venda de seus lotes, o que pode reforçar a pressão baixista da arroba no curtíssimo prazo.

Desta forma, ressalta a IHS, as indústrias frigoríficas continuam testando novas efetivações de negócios a preços mais baixos, porém ainda sem registro de sucesso.

“A oferta de boiadas deve seguir aparentemente elevada no curto prazo, sobretudo nos dez primeiros dias de maio”, acreditam os analistas da IHS.

No mercado atacadista, os preços dos cortes bovinos continuam firmes.

“A demanda doméstica pela carne bovina segue inconsistente e o mercado trabalha com atuações pontuais de modo a administrar os seus estoques e evitar ofertas nas câmaras frigorificas acima da quantidade atual de consumo estabelecida no mercado interno”, relata a IHS.

Cotações máximas de machos e fêmeas desta quarta-feira, 27 de abril
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 327/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 287/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 287/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 287/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca R$ 275/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 280/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 285/@ (à vista)

vaca a R$ 275/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 340/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 340/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 282/@ (prazo)
vaca a R$ 272/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 272/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 265/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 263/@ (à vista)
vaca a R$ 253/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)

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