A partir de maio, a vacina que imuniza a febre aftosa em animais terá a doze reduzida de 5 ml para 2 ml. O objetivo da medida é diminuir a ocorrência de lesões na carcaça por reação vacinal – as exportações brasileiras de carne bovina in natura aos Estados Unidos estão proibidas justamente pela detecção de resquícios de abscessos no produto provocado pela vacinação contra a febre aftosa.
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No entanto, artigo assinado pelo médico veterinário Renato dos Santos, consultor de manejo racional da empresa Beckhauser, diz que a redução na dose da vacina será “mais uma vez apenas uma medida paliativa” se os pecuaristas não se conscientizaram da importância de se aplicar técnicas de bem-estar animal aos seus rebanhos.
“Infelizmente, naquelas fazendas em que não se dá a devida importância ao manejo – ainda maioria esmagadora –, a iniciativa da dose reduzida não surtirá efeito algum”, enfatiza Santos, acrescentando que é preciso oferecer treinamento para a mão de obra e melhorar as condições de trabalho dos funcionários nas propriedades.