Sem crédito, argentinos intensificam abate de matrizes

Em junho deste ano, o abate de novilhas respondeu por 28,5% do total argentino

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O abate de matrizes por pecuaristas argentinos atingiu o maior patamar em 30 anos, segundo aponta relatório econômico mensal da Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados da República Argentina (Ciccra). No primeiro semestre deste ano, as fêmeas representaram 50,1% do total de abates, sete pontos acima do valor considerado crítico para a manutenção dos estoques do país.

“Desde o segundo trimestre do ano passado e desde a redução significativa do crédito, o criador comercial teve que financiar suas operações diárias com a venda de fêmeas para abate, aproveitando os bons preços devido, entre outros motivos, ao crescimento das exportações para a China”, explica nota assinada pelas quatro associações de criadores da principais raças argentinas e reproduzida pela Ciccra.


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Segundo os criadores do país, embora a abertura de mercados – o que inclui a assinatura do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia – sejam uma grande oportunidade para o setor,  a atual crise financeira no país “faz com que o produtor encontre como única saída de financiamento a venda de fêmeas jovens e, em muitos casos, prenhas para cobrir gastos correntes”.

Em junho deste ano, o abate de novilhas respondeu por 28,5% do total argentino (1,093 milhões de cabeças), bem acima dos 10,9% registrados em igual momento do ano passado. Em números absolutos, o abate de novilhas cresceu 158,1% na mesma comparação, para 311,7 mil cabeças, de acordo com os dados divulgados pela Cicra.

Exportações

De janeiro a maio deste ano, a Argentina exportou 181 mil toneladas de carne bovina, com um crescimento de 53,2% ante igual período do ano passado. Trata-se ainda do segundo maior volume em 24 anos, ficando apenas 0,7% abaixo do recorde registrado nos cinco primeiros meses de 2005. Só em maio, foram 45,2 mil toneladas, maior volume mensal em dez anos e crescimento anual de 71,4%.

A demanda externa, contudo, tem nome: a China concentrou 72% das exportações de carne bovina argentina nos cinco primeiros meses deste ano. A Ciccra estima que a cada cinco quilos de carne bovina embarcados na Argentina em maio, quatro tenham sido enviados para a China.

“O maior volume exportado para a China explicou o crescimento do volume total exportado da Argentina. Medido em valor, quase 6 de cada 10 dólares faturados pelas exportações de carne foram pagos pelos clientes na China”, afirma o relatório da Ciccra. De janeiro a maio deste ano, as exportações de carne bovina renderam US$ 932,5 milhões aos cofres argentinos, avanço de 30,2% ante igual intervalo do ano passado em meio a um preço médio 10,6% menor.

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