Nesta quinta-feira, 21 de outubro, o volume de negócios no mercado brasileiro do boi gordo foi praticamente nulo, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.
“Há poucas novidades e muita pressão para cima do pecuarista, que vê o animal sofrer consecutivas desvalorizações”, observa a consultoria Agrifatto.
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A referência de preço do boi gordo no mercado de São Paulo recuou mais R$ 1/@ nesta quinta-feira, para R$ 266/@ (valor bruto e a prazo), informa a Scot Consultoria.
Por sua vez, o valor da novilha pronta para abater teve queda diária de R$ 3/@ no mercado paulista, chegando a R$ 274/@, enquanto a cotação da vaca permaneceu estável, em R$ 260/@ (preços brutos e a prazo).
“O cenário é de oferta crescente nas praças paulistas, mas com escoamento de carne ainda bastante fraco”, relata a Scot Consultoria.
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Na avaliação da IHS Markit, a forte especulação baixista ainda paira sobre os preços da arroba bovina, mas muitas plantas frigoríficas optaram por se ausentar das compras de gado e não sinalizar referência de preço entre algumas regiões.
“O pecuarista ainda tentar resistir à pressão de baixa, mas o momento é delicado em função dos altos custos de produção, sobretudo com ração”, avalia a IHS Markit.
O surpreendente prolongamento do conflito comercial com a China colocou toda a cadeia pecuária em estado de alerta, gerando complicações sobretudo para os pecuaristas brasileiros, que têm que arcar com os altos custos de produção neste período de entressafra de pastagens e, ao mesmo tempo, aceitar receber preços bem mais baixos no caso de venda dos lotes terminados.
A equipe de analistas da IHS lembra que, a partir do segundo semestre deste ano, o nível de abate bovino no Brasil vinha ensaiando recuperação, devido à forte demanda externa pela carne, encabeçada justamente pela China, e à maior flexibilização dos governos estaduais em relação às medidas de distanciamento social geradas pela crise da Covid-19.
Embalado pelas boas notícias que circulavam antes da confirmação de dois casos atípicos de vaca louca no País , relembra a IHS, o setor de confinamento de animais avançou em algumas regiões brasileiras mesmo diante dos elevados preços da ração, sobretudo milho e farelo de soja.
“A saída da China nesta dinâmica do mercado prejudica processos e gera grandes prejuízos aos pecuaristas”, relata a IHS.
Dados de autarquias estaduais e outros órgãos do governo já contabilizam forte queda no abate de bovinos nos meses de setembro e outubro, acrescenta a consultoria.
“Muitas unidades frigoríficas buscam equalizar a produção de carne bovina à demanda vigente, já que há grandes estoques nas câmaras frias que precisam ser desovados”, observa a IHS.
Na B3, os contratos futuros do boi gordo recuaram mais uma vez em função da fragilidade dos preços da arroba no mercado físico e pelas incertezas que acometeram o setor.
No atacado, depois das quedas verificadas no dia anterior, os preços dos principais cortes bovinos, assim como do couro e sebo industrial, se estabilizaram nesta quinta-feira, informa a IHS.
“De certa forma, os relatos de sobras de mercadoria vêm diminuindo, mas a irregularidade das vendas mantém a liquidez baixa e os preços dos cortes bovinos com tendência de queda”, acrescenta a IHS.
Novos ajustes negativos não são descartados nos próximos dias, uma vez que os preços das carnes concorrentes (frango e suínos) também estão mais baixos, declara a IHS.
Cotações máximas desta quinta-feira, 21 de outubro, segundo dados da IHS Markit:
SP-Noroeste:
boi a R$ 268/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 266/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 268/@ (prazo)
vaca a R$ 257/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 267/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 253/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 253/@ (prazo)
vaca a R$ 244/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 250/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 251/@ (à vista)
vaca a R$ 244/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 252/@ (à vista)
vaca a R$ 243/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca R$ 241/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 238/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 271/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 248/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 269/@ (à vista)
vaca a R$ 259/@ (à vista)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 285@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 253/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 253/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 254/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (à vista)