Nesta terça-feira, os frigoríficos brasileiros se posicionaram mais ativos nas compras de gado, elevando os valores oferecidos para conseguir preencher as escalas de abate desta semana, informa a consultoria IHS Markit.
O movimento altista é sustentado pelo “apagão” de oferta de animais, tanto os terminados a pasto quanto os provindos dos confinamentos.
“Com a baixa disponibilidade de matéria prima e o aumento da procura, as cotações da arroba novamente registraram altas e seguem em patamares recordes para o período em diversas praças no País”, destaca a IHS.
Além do avanço nas vendas no mercado doméstico, o resultado das exportações de carne bovina “in natura” durante o mês de julho confirmou as expectativas e atingiu o maior valor já embarcado no mês, totalizando 169,24 mil toneladas durante os 23 dias úteis. Os dados, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), representam um aumento de 11% com relação ao mês anterior e de 27% com relação ao mesmo período no ano passado – veja matéria neste portal DBO.
No atacado, os preços dos principais cortes bovinos seguiram firmes nesta terça-feira.
Giro pelas praças
Em São Paulo, o boi gordo segue sustentado em patamar elevado, negociado a R$ 229/@, a prazo, de acordo com dados da IHS Markit.
No Mato Grosso do Sul, a cotação da fêmea subiu nesta terça-feira. Os pecuaristas do Estado adotam uma estratégia de retenção da boiada, alegando dificuldades para fazer a reposição dos plantéis, já que os custos com o gado magro também estão valorizados, informa a IHS.
No Mato Grosso, os negócios no mercado físico ficaram concentrados em animais que atendem aos requisitos internacionais e foram efetuados a valores mais altos que as máximas anteriores.
Em Mina Gerais, os preços do boi também subiram hoje. Frigoríficos exportadores do Estado são os mais ativos no mercado e conseguem garantir valores elevados em função da desvalorização do real frente ao dólar.
No Pará, em meio a escassez do animal terminado, alguns frigoríficos pesquisados pela consultoria IHS Markit reduziram o ritmo dos abates diários, tentando recalcular suas margens entre o preço de venda das carnes e os patamares altos de preços pagos pelos animais. Apesar dessa estratégia, novos lotes só conseguem ser adquiridos no Estado mediante elevação dos valores oferecidos, relata a consultoria.
Confira as cotações para esta terça-feira, dia 4 de agosto, segundo dados da IHS Markit:
SP-Noroeste:
boi a R$ 229/@ (prazo)
vaca a R$ 215/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 217/@ (à vista)
vaca a R$ 205/@ (à vista)
MS-C. Grande:
boi a R$ 219/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 219/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 197/@ (prazo)
vaca a R$ 186/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 199/@ (prazo)
vaca a R$ 186/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 202/@ (prazo)
vaca a R$ 193/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 203/@ (à vista)
vaca a R$ 189/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 192/@ (à vista)
vaca a R$ 182/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca R$ 203/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 206/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 217/@ (à vista)
vaca a R$ 202/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 225/@ (prazo)
vaca a R$ 210/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 226/@ (prazo)
vaca a R$ 210/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 222/@ (à vista)
vaca a R$ 215/@ (à vista)
RS-P.Alegre:
boi a R$ 220/@ (à vista)
vaca a R$ 213/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 220/@ (à vista)
vaca a R$ 213/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 206/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 211/@ (prazo)
vaca a R$ 206/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 211/@ (prazo)
vaca a R$ 200/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 214/@ (prazo)
vaca a R$ 204/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 213/@ (à vista)
vaca a R$ 203/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 198/@ (à vista)
vaca a R$ 188/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 209/@ (prazo)
vaca a R$ 197/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 208/@ (à vista)
vaca a R$ 193/@ (à vista)