Sem sinal de queda para o boi no curto prazo

Arroba subiu mais um pouco nesta terceira semana de março, com as poucas indústrias ainda atuantes nas compras enfrentando escalas de abate curtíssimas, entre 1 e 3 dias úteis

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A escassez de fêmeas para abate – retidas pelos pecuaristas para uso como matrizes –, a baixa oferta de machos terminados e o ritmo crescente das exportações brasileiras de carne bovina contribuíram para novos aumentos na arroba do boi gordo nesta terceira semana de março, relatam as consultorias que acompanham diariamente o mercado pecuário.

Em São Paulo, o animal terminado foi negociado nesta sexta-feira (19/3) em R$ 310/@, preço bruto e a prazo, informa a Scot Consultoria. Bovinos com padrão para exportação (abatidos jovens, abaixo dos 30 meses de idade) já valem R$ 315/@ na praça paulista. A novilha gorda é negociada em R$ 297/@, enquanto a vaca é vendida R$ 281/@, acrescenta a Scot.


“No curto prazo, a oferta limitada de animais para abate e as exportações em bom ritmo deverão manter a sustentação dos preços no mercado do boi gordo”, prevê  a Scot. No entanto, dizem os analistas, é preciso ficar atendo ao comportamento do mercado doméstico, afetado pela agravamento da pandemia de Covid-19 e, consequentemente, pelas medidas mais rigorosas de isolamento social – o que impede o consumo da proteína vermelha em bares, restaurantes, entre outros canais importantes de comércio do produto fora dos lares.

Segundo a IHS Markit, as indústrias frigoríficas que atuam exclusivamente no mercado interno continuam praticamente fora do mercado de compra de boiadas – adotaram férias coletivas e reduziram a capacidade de abate na tentativa de estancar os prejuízos nas margens operacionais gerados pela explosão nos preços da arroba. “As poucas indústrias ainda atuantes nas compras de animais terminados enfrentam escalas de abate curtíssimas, entre 1 e 3 dias úteis”, informa IHS, acrescentando que “há relatos de que boa parte dos acordos é fechado apenas com produtores pequenos e médios, envolvendo lotes que não geram volume suficiente para compor adequadamente as escalas de abate”.

No entanto, observa a consultoria, “as novas parcelas do auxílio emergencial à parte da população e a redução do imposto de ICMS em São Paulo podem trazer fôlego à demanda por proteína bovina, gerando alguma liquidez no setor”.

Por sua vez, os pecuaristas ainda seguram os seus animais no pasto, de olho nos elevados custos com nutrição e, sobretudo, com a reposição. Tal estratégia faz com que boa parte dos pecuaristas não participe da pressão de baixa dos frigoríficos, mantendo, assim, a arroba em patamares elevados – níveis recordes.

Exportação segue para mais um recorde

Enquanto o mercado doméstico continua paralisado, a demanda exportadora segue a todo vapor, destaca a IHS Markit.

Caso a média diária de volume exportado seja mantida, vamos observar o melhor mês de março da série histórica”, antecipa a consultoria, completando que o momento segue extremamente favorável para a proteína bovina brasileira no mercado externo.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nas duas primeiras semanas de março, o Brasil registrou um fluxo médio de 5,9 mil toneladas/dia de carne bovina in natura, um crescimento de 4,2% em relação ao resultado de março/20. Além do aumento nos volumes exportados, foi observado avanço de 8,4% ao preço por tonelada exportada, negociando pelo valor de US$ 4.570,6/ton.

Entre as principais praças pecuárias do Brasil, destaque para novas altas de preços nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, grandes centros de exportação de proteína nacional, onde as indústrias seguem operando intensamente para atender aos contratos.

No mercado atacadista, os preços dos principais cortes seguem estáveis, com exceção da ponta de agulha, que apresentou modesta alta no dia, segundo informa a IHS. A fraca demanda de distribuidoras para a reposição de estoques de final de semana mostra a situação do setor.

“Há pouca oferta de matéria-prima, em função do baixo nível de abate no Brasil, mas o consumo neutraliza possibilidade de repasses”, relata a consultoria. Embora este cenário limite movimentos de altas nos preços da carne, o firme fluxo das exportações e a menor produção ainda oferecem suporte aos preços dos cortes bovinos, acrescenta a IHS.

Cotações desta sexta-feira (19/3), segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 297/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 282/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 278/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca R$ 286/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 286/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 279/@ (à vista)
vaca a R$ 272/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 279/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 283/@ (à vista)
vaca a R$ 273/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 279/@ (à vista)
vaca a R$ 269/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 274/@ (à vista)
vaca a R$ 258/@ (à vista)

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