Semana começa com estabilidade nos preços da arroba

Segundo a avaliação de consultorias, de um lado estão os pecuaristas admirando a boiada gorda no pasto, à espera de boas vendas, e do outro, frigoríficos se afastam de negócios via balcão para reduzir prejuízos

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O mercado do boi gordo abriu a semana em ritmo lento de negócios, o que resultou em estabilidade nos preços da arroba nesta segunda-feira (22/3) nas principais praças pecuárias brasileiras. (Veja ao final deste texto as cotações atuais dos machos e fêmeas gordos nas principais regiões do País).

O levantamento da Scot Consultoria mostra que o animal terminado vale R$ 310/@ em São Paulo, preço bruto e a prazo. As cotações da vaca e da novilha gordas também seguem estáveis, em R$ 283/@ e R$ 299/@, respectivamente. Os negócios com bovinos com até quatro dentes, padrão-exportação, são fechados em torno de R$ 315/@.


O clima é de preocupação no setor industrial, relatam as consultorias. O consumo interno continua truncado por conta do acúmulo dos estoques de carne bovina no varejo, decorrentes de medidas sanitárias de combate ao avanço da Covid-19 e do baixo poder aquisitivo da população.

“As unidades de abate continuam tentando proteger as margens operacionais. Há relatos de novas plantas adotando férias coletivas, devido ao alto custo de matéria-prima”, informa a IHS.

Segundo apurou a consultoria, há informações de novas paralisações em unidades de abate situadas na região de Juara, em Mato Grosso.

Por sua vez, relata a IHS Markit, os pecuaristas ainda aproveitam as boas condições climáticas presentes na maior parte das fazendas brasileiras para reter os poucos lotes de animais no pasto e, assim, barganhar valores ainda mais altos para a arroba.

A estratégia de segurar a boiada no pasto faz todo o sentido: os preços da arroba subiram fortemente, mas os avanços nas cotações dos animais de reposição foram ainda mais significativos. Para piorar a conta dos recriadores/invernistas, os custos de nutrição também dispararam, sobretudo o milho. “Os gastos dos pecuaristas para o próximo ciclo pecuário aumentaram demasiadamente”, ressalta a IHS.

Exportações seguem fortes

Os abatedouros habilitados para a exportação seguem tentando suprir a forte demanda externa, o que gera bastante procura por animais prontos para o abate. Nesse caso, reforça a IHS, há uma demanda elevada e um bom fluxo de negócios, favorecidos pelos prêmios oferecidos ao animal padrão-exportação.

“O ambiente internacional é cada vez mais favorável, devido ao revés chinês, que ainda não teve sucesso na reposição de seu rebanho suíno, devastado pelo surto de peste suína no país”, observa a IHS.

No entanto, relata a consultoria, as elevações da taxa de juros pelo Banco Central podem tornar o real mais valorizado frente ao dólar, deixando a proteína brasileira menos competitiva no mercado internacional.

No mercado atacadista brasileiro, os preços dos principais cortes bovinos também estão estáveis. A expectativa é de uma demanda ainda fraca ao longo do resto do mês, devido ao menor poder aquisitivo da população e ao agravamento da pandemia de Covid-19.

Cotações desta segunda-feira (22/3), segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 299/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 297/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 297/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 282/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 278/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca R$ 286/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 286/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 279/@ (à vista)
vaca a R$ 272/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 279/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 283/@ (à vista)
vaca a R$ 273/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 283/@ (à vista)
vaca a R$ 274/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 274/@ (à vista)
vaca a R$ 258/@ (à vista)

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