Nesta terça-feira, pós-feriado, os frigoríficos mantiveram posição de cautela nos negócios, seguindo a tradição de avaliar melhor o comportamento do mercado varejista da carne ao longo do fim de semana para depois traçar as suas estratégias de compras de boiadas. No entanto, mesmo depois de definir as ordens de compras, as indústrias terão muita dificuldade em fechar negócios, diante da enorme escassez de lotes de animais terminados.
Segundo dados da IHS Markit, grande parte dos frigoríficos espalhados pelo País trabalha com escalas de abate muito apertadas – há plantas industriais com necessidade de preencher escala para amanhã. “De modo geral, a chegada da primeira quinzena de mês (período de maior poder aquisitivo da população, devido ao recebimento dos salários) e o firme ritmo das vendas de carne bovina ao exterior mantêm ativa de necessidade de compra de gado”, observa a consultoria.
Neste contexto, os preços da arroba bovina seguem firmes nas principais praças pecuárias, com o registro de alta em algumas regiões já neste início da semana. No Centro-Sul do País, os preços do boi gordo reagiram nesta terça-feira nos Estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, de acordo com levantamento diário da IHS Markit.
No MS já há relatos isolados de acordos fixados acima das máximas vigentes entre alguns frigoríficos de médio e pequeno porte, informa a consultoria. Por sua vez, as grandes indústrias da região ainda ficaram ausentes nesta terça-feira, mas devem sinalizar novas compras a partir desta quarta-feira, avalia a IHS. No MT, o mercado também só registrou algum fluxo de negócio mediante a elevação nas indicações de compra de gado, acrescenta a consultoria.
No Triangulo Mineiro, alguns frigoríficos locais conseguiram concluir sua programação de abate para esta semana, relata a IHS Markit. Em Goiás, as escalas de abate variam muito dependendo da planta frigorífica, o que também abriu espaço para novas altas nos preços locais. Na Bahia, os preços do boi gordo subiram nesta terça-feira e a escala de abate avançou para quatro dias, em média. Já em Rondônia, a situação é mais complicada, pois as indústrias precisam preencher escalas para amanhã, informa a IHS.
No atacado, o fluxo de comercialização se mostrou mais regular e consistente, fator que foi suficiente apenas para garantir suporte a estabilidade dos preços dos principais cortes bovinos depois da forte alta registrada na semana anterior.
Confira as cotações desta terça, 3 de novembro, segundo dados da IHS Markit:
SP-Noroeste:
boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 257/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 266/@ (à vista)
vaca a R$ 248/@ (à vista)
MS-C. Grande:
boi a R$ 268/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 270@ (prazo)
vaca a R$ 248@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 258/@ (prazo)
vaca a R$ 248@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 259@ (prazo)
vaca a R$ 248/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 260/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 255/@ (à vista)
vaca a R$ 243/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca R$ 245/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 247/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 266/@ (à vista)
vaca a R$ 251/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 266/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 265/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 251/@ (à vista)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 230/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 244,50/@ (à vista)
vaca a R$ 228/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 265/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 264@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 265/@ (prazo)
vaca a R$ 259/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 252@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 255/@ (à vista)
vaca a R$ 248/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 251@ (à vista)
vaca a R$ 242/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 258/@ (prazo)
vaca a R$ 247/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 259/@ (à vista)
vaca a R$ 247/@ (à vista)
