Semana foi de forte pressão de alta na arroba

Valores do boi gordo sobem nas principais praças, puxados pela escassez de oferta de animais prontos

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Ao longo desta semana, os preços do boi gordo registraram variações positivas nas principais praças pecuárias do Brasil. O maior motivo para o avanço da arroba, segundo avaliação da Informa Economics FNP, continua sendo a baixíssima oferta de animais terminados, um reflexo do período inicial de entressafra de boiadas de capim, somado ao aumento do abate de novilhas em anos anteriores, tendo como consequência a menor disponibilidade de gado magro, o que resultou no menor número de animais terminados ao longo de 2020.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro trimestre de 2020, cerca de 7,2 milhões de cabeças bovinas foram abatidas, um recuo de 8,5% em relação ao volume registrado no mesmo período em 2019. “Em consequência do menor volume de abates diários, a produção de carne recuou 5,8% no período em questão”, destaca a FNP.


Além disso, ainda de acordo com IBGE, houve no período trimestral uma forte retração no abate de fêmeas – queda de 16,3% frente ao primeiro trimestre de 2019, ao passo que o abate de machos retraiu 1,7% em período idêntico.

Diante da baixa oferta de gado no mercado, os frigoríficos tiveram que pagar valores mais elevados pela arroba para conseguir preencher as escalas de abate. Também é importante destacar o atual papel das exportações no processo atual de valorização do boi gordo, observa a FNP.

“A demanda internacional pela carne brasileira segue aquecida e as plantas habilitadas se posicionam de forma consistente nos negócios, pagando valores até R$ 10/@ mais caro pela arroba dos animais que atendem aos requisitos internacionais”, relata a consultoria, referindo-se principalmente aos prêmios pagos pelo chamado boi-China (abatidos mais jovens, com idade até 30 meses).

Mercado interno

O relativo otimismo advindo da reabertura gradual das atividades em alguns centros urbanos, possibilitou uma atuação mais ativa das plantas frigoríficas que, diante da baixa oferta de gado no mercado, tiveram que subir o preço pago pela boiada.

Ao longo da semana, houve registro de uma recuperação parcial do consumo de carne bovina no mercado interno, em função da entrada de massa salarial de parte da população consumidora a partir da virada do mês. No entanto, na avaliação da FNP, ainda são incertos os efeitos da pandemia da Covid-19 no consumo de carne em geral.

Impactos como redução de salários e aumento do desemprego devem afetar a demanda interna pela proteína bovina, considerada mais nobre, prevê a consultoria.

Futuros

Ainda segundo a FNP, os contratos futuros de boi gordo, negociados na bolsa de valores de São Paulo (B3), seguem uma trajetória de preços lateralizados.

Nas próximas semanas, porém, o mercado futuro deve apresentar alterações positivas, refletindo as expectativas de uma oferta ainda menor de gado no segundo semestre em meio a exportações firmes e menor intensão para confinamento de gado em 2020.

Atacado

Mesmo com o feriado de quinta-feira, o escoamento de carne bovina se manteve regular e, como observado ao longo da semana, o consumo doméstico registrou certo avanço, o que deu suporte para um ajuste positivo nas cotações dos principais cortes, informa a FNP. Os preços do traseiro e ponta de agulha de boi e da vaca casada subiram nesta sexta-feira.

Giro pelas praças

Em São Paulo, o preço da fêmea subiu nesta sexta-feira, para R$ 188/@, enquanto o valor do macho ficou estável, a R$ 209/@, a prazo, segundo a FNP. Com a reabertura de algumas atividades nesta semana no Estado de São Paulo, o escoamento dos cortes bovinos para o atacado registrou relativo avanço e as indústrias se posicionaram de forma mais ativa para recompor as escalas, relata a consultoria.

Em Belo Horizonte, MG, poucos negócios foram realizados nesta sexta-feira e a cotação do gado subiu.

Nas praças ao norte do País, mesmo operando com abates reduzidos, as indústrias alegam enorme dificuldade em adquirir a boiada e realizam compras de lotes para abate ainda na próxima segunda-feira.

Os preços subiram no Tocantins e no Pará. Nessas duas regiões, o volume de chuvas mantém os pastos com boa disponibilidade de massa verde e os pecuaristas alegam preferência pela retenção dos animais visando, principalmente, a reposição dos plantéis.

No Mato Grosso do Sul, diante da oferta restrita de gado, os frigoríficos elevaram os valores oferecidos para conseguir efetivar compras.

Confira as cotações desta sexta-feira, 12 de junho, de acordo com a FNP:

SP-Noroeste: R$ 209/@ a (prazo)

MS-Dourados: R$ 190/@ (à vista)

MS-C. Grande: R$ 192/@ (prazo)

MS-Três Lagoas: R$ 192/@ (prazo)

MT-Cáceres: R$ 179/@ (prazo)

MT-Tangará: R$ 178/@ (prazo)

MT-B. Garças: R$ 179/@ (prazo)

MT-Cuiabá: R$ 175/@ (à vista)

MT-Colíder: R$ 171/@ (à vista)

GO-Goiânia: R$ 187/@ (prazo)

GO-Sul: R$ 189/@ (prazo)

PR-Maringá: R$ 195/@ (à vista)

MG-Triângulo: R$ 194/@ (prazo)

MG-B.H.: R$ 191/@ (prazo)

BA-F. Santana: R$ 192/@ (à vista)

RS-P.Alegre: R$ 196/@ (à vista)

RS-Fronteira: R$ 194/@ (à vista)

PA-Marabá: R$ 192/@ (prazo)

PA-Redenção: R$ 191/@ (prazo)

PA-Paragominas: R$ 198/@ (prazo)

TO-Araguaína: R$ 192/@ (prazo)

TO-Gurupi: R$ 189/@ (à vista)

RO-Cacoal: R$ 177/@ (à vista)

RJ-Campos: R$ 186/@ (prazo)

MA-Açailândia: R$ 187/@ (à vista)

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