Evento online reuniu especialistas e pecuaristas para responder essa questão e mostrar como o fazendeiro pode acertar em cheio a cada compra de boi magro
Depois do pico máximo e histórico do preço do bezerro, no primeiro dia útil de maio, parece que – até o momento – ficou mais em conta comprar boi magro.
O Indicador do Bezerro Esalq/B3 (Mato Grosso do Sul), referência no País, saiu de R$ 3.202,53 para R$ 3052,71, o que representa uma queda de 4,7%. Agora, já pensou em acertar em cheio a compra de gado magro de sua propriedade? E mais: já imaginou que o não é o boi mais caro que pode dar mais lucro.
Em live transmitida na última quarta-feira (19/5), especialistas de mercado e pecuaristas discutiram a melhor forma para a compra de boi.
O evento virtual foi o segundo da série de encontros no “1º Circuito Pecuária de Alta Performance”, promovido pela paranaense Gestão Agropecuária (GA), uma consultoria de gestão estratégica da informação para a pecuária, com sede em Maringá, e a mineira Intergado, de Betim, que desenvolve soluções para pecuária de precisão.
Foto: Divulgação
“O animal mais caro é o animal mais eficiente?”, questiona o médico veterinário Marcelo Ribas, diretor executivo da Intergado.
A questão foi o tema central da live. E, a partir de análises das duas empresas, de acompanhamento dos animais de sua compra até a venda, a resposta foi categórica: não.
“Na verdade, existem lucratividades altas e baixas em todas as categorias. Então, fica claro que o produtor não pode perder oportunidades. O melhor animal é aquele que deixa o melhor resultado e não é necessariamente o bovino mais caro”, diz Ribas.
A análise foi feita com base dos dados da GA, com 1 milhão de bovinos pesquisados, em 2020, nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás; e com os dados da Intergado, com 10.585 animais, em 17 confinamentos, nos Estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, feita de julho de 2018 até meados de maio deste ano.
Além de Ribas, participaram do evento Paulo Marcelo, CEO da GA, Rafael Ribeiro, consultor e analista de mercado Scot Consultoria, e o pecuarista Zeca Jacintho, diretor de pecuária na fazenda Continental (Barretos, SP).
Para Jacintho, por exemplo, apostar em animais mais econômicos tem sido uma das premissas da propriedade.
Foto: Divulgação
“Às vezes se valoriza um nelore, de uma qualidade excepcional, mas pode ser que ele esteja muito caro. Todo produtor quer ver seu confinamento com aquele boi maravilhoso, mas será que esse boi está dando maior retorno? De repente aquele boi mais desengonçado, na hora da venda, pode render 53% de carne e, assim, ser mais lucrativo, em determinadas situações. Portanto, cada boi tem o seu momento, e nós produtores temos de aprofundar nosso conhecimento nos números reais de nosso rebanho”, diz Jacintho.
Planejar é preciso
A palavra de ordem e comum a todos os debatedores foi planejamento. Numa época de insumos elevados, é importante o produtor ter sempre a mão todos os dados de sua operação.
“No ano 2000, o produtor precisava de 10,7 arrobas de boi gordo para comprar um boi magro. Hoje essa relação é 14,5 de arroba de boi gordo para comprar um boi magro. A relação de troca do pecuarista piorou 35,5% nos últimos 20 anos. Por isso, é preciso cada vez mais de maior profissionalismo por parte do produtor”, diz o zootecnista Rafael Ribeiro, consultor de mercado da Scot Consultoria.
Dicas de ouro
A partir das análises dos dados, o executivo da Intergado listou uma série de pontos que devem fazer parte de qualquer compra por parte do produtor. Ao segui-las, o pecuarista pode acertar mais na compra e na venda dos lotes. Confira:
Gerir bem os contratos com os fornecedores de boi magro;
Qualificar todos os fornecedores de boi magro (o quanto ele é conhecido e qual a frequência de bons resultados que ele traz);
Fidelizar fornecedores;
Verticalizar a produção;
Saber o quanto pode pagar por um animal;
Saber o peso preciso de entrada dos animais;
Pesar individualmente cada bovino.
“Formar lotes de animais de pesos semelhantes, permite o melhor controle e dá dados melhores de projeção de peso e data ideal de abate. Seguindo esses passos, o produtor pode elevar a pecuária para sua máxima potência”, diz Ribas.
VEJA os destaques da edição de maio e o Especial Instalações e Equipamentos; na capa, a Agropastoril Campanelli investe em cobertura metálica dos currais e comprova ganho de mais de meia arroba por animal engordado na sombra
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A JBS e SilvaTeam promoveram o Fórum Metano na Pecuária, o evento discute desafios e soluções para enfrentar a questão das emissões de metano na cadeia bovina. Durante os dias 4 e 5 de maio, no Hotel Hilton São Paulo, o evento foi presencial e on-line, com participação de pessoas de todo o país.
A técnica ainda não é conhecida por alguns pecuaristas que realizam terminação de bovinos no Brasil, porém o sistema se apresenta como uma solução eficiente para os produtores
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