Maior mapeamento de nelore mostra que só a carne salva

Saiba quem foram os vencedores do circuito promovido pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, o mais importante concurso de qualificação de animais da raça

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A fazenda Segredo, localizada no município de Bataguassu (MS), abate 4 mil bovinos por ano. Do total, 2 mil são machos terminados em confinamento de cerca de 100 dias. No gancho, o negócio mostra uma dobradinha: 21 arrobas a 22 arrobas, aos 22 meses de idade, em média. Por conta desse tipo de animal valorizado pela indústria frigorífica que demanda por rendimento em cortes cárneos, os bois da Segredo são disputados no mercado. 

Em busca de métricas, o criador Adilton Boff Cardoso, dono da Segredo desde os anos 1980,  coloca a boiada na disputa não apenas no mercado físico. O gado de seleção está em programa de melhoramento e comercial está na disputa em abates monitorados.


Na noite de ontem, em São Paulo, durante a NeloreFest, evento promovido pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), Cardoso recebeu o prêmio Melhor Lote de Carcaças de Macho do Circuito Nelore de Qualidade. “O trabalho mais relevante na pecuária é buscar pela precocidade e produtividade”, diz Cardoso.

O prêmio conquistado pela fazenda Segredo é uma espécie de aval técnico, entre os criadores de nelore comercial, de que a gestão do negócio está no caminho certo. O Circuito Nelore de Qualidade deste ano avaliou 21 mil bovinos destinados ao abate, divididos em 26 etapas.

Realizado pela ACNB desde 2003, o circuito começou como uma espécie de laboratório do mapeamento do gado nelore. A ideia era dar embasamento técnico para o Programa de Qualidade Nelore Natural (PQNN), criado em 2001.

 “O nelore é um patrimônio nacional. Não existe exportação de carne bovina ou consumo interno no Brasil sem nelore. Nós respeitamos todas as raças bovinas, mas sabemos a importância da raça mãe da pecuária brasileira”, diz Nabih Amin El Aouar, presidente da ACNB.

Neste ano, de acordo com Associação Brasileira dos Exportadores de Carne, as vendas devem bater recorde de 1,8 milhão de toneladas, por US$ 7,5 bilhões, valor 13,3% acima de 2018. Em volume total, incluindo o processamento destinado ao mercado interno, a produção estimada é de 10,6 milhões de toneladas.

Além da premiação do Circuito Nelore, que também destacou o abate de fêmeas e a melhor compra de gado, o NeloreFest apresentou os criadores e expositores da raça que mais pontuaram no Ranking Nelore, durante as exposições agropecuárias.

Na avaliação das fêmeas, a produtora Sandra Maria Massi, da fazenda Santa Bárbara, no município de Ivinhema (MS), ficou em primeiro lugar. A melhor compra foi realizada pela unidade Friboi de Nova Andradina (MS), do grupo JBS. No ranking da avaliação em exposições, o destaque foi a Rima Agropecuária, de Ricardo Vicintin, no nelore padrão, e Lourival Louza Júnior, das fazendas Reunidas Flamboyant, no nelore mocho.

Confira no áudio abaixo ou leia a entrevista concedida à DBO, por Adilton Boff Cardoso, logo após receber o prêmio (na foto, com o troféu). E se quiser conhecer em detalhe a fazenda Segredo, ela é tema da reportagem de Ariosto Mesquita que será  publicada na edição de fevereiro da revista DBO (impressa e digital).

Foto: Reprodução / Facebook

DBO Na pecuária do sr., o que acha mais relevante?

CARDOSO – Produtividade. Produtividade em cima dos animais que a gente cria. O trabalho mais relevante é buscar precocidade e produtividade.

DBO – Essa foi uma lição  que o sr. sempre teve para a pecuária ou foi uma lição aprendida?

CARDOSO – É uma lição que eu sempre tive, que eu busco naquilo que a gente trabalha: melhoria, produtividade, superar os desafios todos os anos dos patamares que a gente tem.  Comecei a criar quando se vendia animais com  45 a 50 meses. Hoje, trabalho com animais em torno de 21 meses. Essa é a produtividade que nós buscamos anos a fio.

DBO  – A genética é uma busca. Qual o principal desafio do nelore, hoje?

CARDOSO – O  principal desafio do nelore é nós termos uma precocidade bastante grande, tanto nos machos, na terminação de carcaça, quanto nas fêmeas, na sexualidade delas. E lógico, a terminação de carcaças dos machos, com camada de gordura, com marmoreio e com precocidade de musculatura o mais rápido possível.

DBO – O que vai ser 2020 na pecuária?

CARDOSO – Sobe a régua. A régua tem que subir, as exigências têm que subir e é o que nós estamos nos propondo todos os anos. É fazer subir a régua dos nossos objetivos e das nossas metas.

DBO – O sr. acredita em 2020 como um ano para a arroba do boi gordo?

CARDOSO –  Um bom ano para a arroba do boi e da pecuária geral do Brasil

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