Os preços da soja subiram no mercado brasileiro em março, especialmente na última semana do mês, quando o dólar chegou a operar acima dos R$ 4,00. De acordo com pesquisas do Cepea, esse cenário incentivou novas vendas, que, vale lembrar, vinham acontecendo em ritmo lento desde o início do ano. O movimento altista se deve também às fortes demandas externa e de indústrias brasileiras. Levantamento do Cepea indica que a alta nos preços domésticos, no entanto, foi limitada pela significativa desvalorização nos valores internacionais. Em março, o Indicador Paranaguá avançou 0,4%, finalizando a R$ 77,71/saca de 60 kg na sexta-feira, 29, e o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná subiu leve 0,06%, a R$ 72,51/sc.
Produtores de milho viram o enfraquecer o forte movimento de baixa nos preços internos, que vinha sendo observado nas duas últimas semanas. Movimento que era influenciado pela posição retraída de vendedores consultados pelo Cepea – em algumas regiões, os preços chegaram a subir. Esses agentes, atentos aos estoques reduzidos da indústria e à valorização da soja, passaram a priorizar a comercialização da oleaginosa, limitando a oferta de milho e pedindo preços maiores.
Compradores consultados pelo Cepea, por sua vez, passaram a se concentrar apenas em negociações de pequenos lotes, devido à necessidade de repor estoques. Com o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras e com a expectativa de oferta elevada na segunda safra, demandantes adquirem lotes maiores para entrega no segundo semestre, à espera de preços menores. Inclusive, as negociações para exportação no segundo semestre tiveram maior ritmo ao longo da semana. Assim, de 22 a 29 de março, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (referência região de Campinas – SP) subiu 0,05%, indo a R$ 38,43/saca de 60 kg na sexta, 29.
Fonte: Cepea