Os produtores brasileiros de soja estão disponibilizando maiores lotes do grão ao mercado neste início de mês. De acordo com o Cepea, a proximidade do encerramento da colheita no país e as expectativas com o possível acordo comercial entre Estados Unidos e China, que levaria o país asiático a voltar a comprar a oleaginosa dos norte-americanos, são motivos para essa guinada.
Na demanda doméstica, segundo o Centro de Estudos, as indústrias estão adquirindo o grão em volumes pequenos. De acordo com o Cepea, as fábricas indicam ter estoques até meados de maio e justificam que as vendas internas do farelo e de óleo estão reduzidas.
Os pesquisadores do Cepea apontam ainda que, com a finalização da colheita no Brasil, os consumidores esperam adquirir volumes com preços menores. Diante desse cenário, o Indicador Esalq/BM&FBovespa da soja Paranaguá, no Paraná, retraiu 0,3% entre o dia 29 de março e 5 de abril. A saca de 60 kg fechou a R$77,45 na sexta-feira, 5 de abril.
Conforme o Cepea, a queda no mercado doméstico foi limitada pela valorização dos contratos futuros na Bolsa de Chicago, cuja alta acompanhou as perspectivas de menor área de semeadura do complexo nos Estados Unidos este ano.