Suínos: prejuízos de 2021 devem se estender para os primeiros meses de 2022

Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, ao contrário das exportações que se comportam como o esperado, o mercado doméstico apresenta sinais de "superoferta" que pressionam os preços dos suínos em todo o País

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A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) avalia que os prejuízos observados na suinocultura brasileira em 2021 devem se estender nos primeiros meses deste ano, em cenário de retração dos preços pagos ao produtor e elevado custo de produção.

“A grande preocupação é a recuperação da demanda do mercado doméstico para absorver o aumento da produção”, disse o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, em nota.


A entidade destaca que, ao contrário das exportações que se comportam como o esperado, o mercado doméstico apresenta sinais de “superoferta” que pressionam os preços dos suínos em todo o País, desde a segunda semana de dezembro de 2021.

“Esta queda de preços é resultado do elevado crescimento da produção de suínos dos últimos anos, coincidindo com uma crise econômica em que a inflação nos dois dígitos, o PIB estagnado e o desemprego corroem o poder aquisitivo do consumidor”, informa a entidade.

A ABCS aponta também que, tradicionalmente, o início do ano é de retração na demanda por carne suína no mercado doméstico e de exportação. “O que agrava o desequilíbrio entre oferta e procura, pressionando ainda mais os preços para baixo”, ressalta.

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A estimativa da ABCS é de que 2021 tenha encerrado com produção de 4,8 milhões de toneladas de carcaças, o que representaria crescimento de 30% da oferta em cinco anos e de 16% nos últimos dois anos. Os números consolidados serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Trimestral de Abate de Animais em 10 de fevereiro.

Em relação aos custos de produção, a entidade observa que o primeiro semestre será um período ainda de preço elevado do milho, já que a maior parte da produção é colhida na segunda metade do ano, mas sem risco de desabastecimento.

O cereal é o principal insumo da alimentação animal.

“Embora a primeira safra preocupe, a perspectiva é melhor do que no ano passado, pois tudo indica que a segunda safra resultará em quantidades suficientes para manter o preço do principal insumo em patamar mais baixo que em 2021. Por outro lado, outros custos indexados à inflação como tarifas públicas, combustíveis e mão de obra devem onerar ainda mais a produção”, explicou Lopes.

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