O risco da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) chegar aos Estados Unidos quase que dobrou desde que o vírus começou a se espalhar na China, a partir de 2018. Essa foi a conclusão de um estudo publicado pela revista norte-americana Scientific Reports e realizado por uma equipe de pesquisadores de todo o mundo, incluindo integrantes da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Minnesota, EUA.
A pesquisa foi baseada na possibilidade de entrada do vírus nos EUA por meio do contrabando de carne de porco escondida em bagagens de passageiros aéreos. Segundo o estudo, cinco aeroportos específicos representam mais de 90% do risco potencial: Newark-Nova Jersey, George Bush-Houston-Texas, Los Angeles-Califórnia, John F. Kennedy-Nova York e San Jose-Califórnia.
No entanto, diz a pesquisa, “provavelmente devido ao trabalho da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos, o vírus não entrou no país”. “Se a ASF entrasse nos Estados Unidos, a sua disseminação causaria imensos danos econômicos à indústria de suínos e à produção de alimentos, levando a prejuízos de bilhões de dólares para os produtores”, disse o co-autor do estudo, Andres Perez , diretor do Centro de Saúde Animal e Segurança Alimentar da Universidade de Minnesota.
“As conclusões do nosso estudo podem ajudar a apoiar a tomada de decisões sobre estratégias de vigilância de doenças na indústria de suíno e nos centros de transporte dos EUA”, acrescentou Perez.