Inoculação de bactérias aumenta produtividade da soja

Propriedades que empregaram sementes a coinoculação (Bradyrhizobium + Azospirillum) tiveram aumento de 5,6 sacas/ha

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Era ainda a safra de 2017/18 quando a EMATER/PR proporcionou às lavouras comerciais de soja a inoculação da semente com as bactérias Bradyrhizobium . Resultado: aumento médio de 1,8 saca por hectare. Paralelamente, nas propriedades que empregaram a coinoculação (formulação das bactérias Bradyrhizobium + Azospirillum) observaram aumento de 5,6 sacas/há. Resultados tão positivos, tão consistentes, que revelaram a importância dessas práticas a serem adotadas anualmente, diz o pesquisador da Embrapa Soja (PR) Marco Antonio Nogueira.


Lucro líquido de até R$ 390 por hectare

As tecnologias da inoculação e da coinoculação estão a cada dia mais inseridas nas atividades dos agricultores do Paraná. O projeto é conduzido pelo Instituto Emater PR e a Embrapa em 35 Unidades de Referência (URs). Nas áreas assistidas, o lucro líquido do uso da inoculação foi de R$ 126,60 por hectare e o da coinoculação, R$ 390,00/ha.

Para os cálculos, os pesquisadores consideraram o valor da saca de soja, R$ 72,00, o custo da dose do inoculante à base de Bradyrhizobium, R$ 3,00/ha, e o inoculante à base de Bradyrhizobium + Azospirillum, R$ 12,00/ha. “O mais relevante é que os ganhos de produtividade promovem melhores rentabilidades e a tecnologia é de baixo custo”, relata o coordenador do Projeto Grãos, da Emater PR, Nelson Harger.

Apesar dos benefícios da tecnologia, nem sempre ela é usada da melhor forma. Por isso, para auxiliar os produtores antes da safra, cerca de 100 extensionistas receberam treinamento sobre boas práticas de inoculação e coinoculação. “A aplicação dos inoculantes diretamente na caixa de semeadora, por exemplo, dificulta a aderência das bactérias à semente e interfere na eficiência”, alerta Harger.

Benefícios econômicos

De acordo com a pesquisadora Mariangela Hungria, da Embrapa Soja, ao longo de décadas, equipes de pesquisa da Embrapa selecionaram estirpes-elite de Bradyrhizobium que são usadas na elaboração dos inoculantes. “A inoculação é essencial em áreas de primeiro ano de cultivo de soja ou onde a planta não é cultivada há muito tempo porque as bactérias fixadoras de N2 estão ausentes ou em baixa população no solo”, explica a pesquisadora.

A cientista enfatiza que mesmo em áreas frequentemente cultivadas com soja, a inoculação anual, a cada safra, traz benefícios econômicos. “O ganho médio da inoculação anual da soja com Bradyrhizobium em áreas tradicionais de cultivo é de 8%, ou seja, um grande retorno frente ao baixo custo da dose do inoculante”, avalia a pesquisadora.

Coinoculação gera mais nódulos na raiz

A Embrapa lançou, em 2013, o uso de uma segunda bactéria, Azospirillum brasilense, para ser usada com o Bradyrhizobium, em um processo denominado de coinoculação. Hungria explica que, embora o Azospirillum também seja capaz de realizar a FBN, isso ocorre em taxas muito inferiores à do Bradyrhizobium.

“Ensaios de campo mostram que, com a coinoculação, houve um incremento médio de 16% no rendimento da soja, em relação às áreas inoculadas somente com Bradyrhizobium”, reforça o pesquisador da Embrapa Soja André Mateus Prando. Acesse aqui o folder sobre essa tecnologia.

Estimativas da Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) apontam que na última safra cerca de sete milhões de doses de inoculantes com Azospirillum e de mais de 50 milhões com Bradyrhizobium foram comercializados no Brasil.

Fonte: Portal DBO com informações da Embrapa

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