O armazenamento adequado e os avanços da tecnologia de embalagens a vácuo podem ter aberto a porta para uma vida útil mais longa para a carne vermelha, de acordo com pesquisadores britânicos e australianos, informou nesta terça-feira o portal norte-americano meatingplace.
Equipes da Associação Britânica de Produtores de Carne (BMPA) e da Meat and Livestock Australia (MLA) relataram que suas pesquisas indicaram que a carne bovina não se torna tóxica com a bactéria Clostridium botulinum, que causa o botulismo alimentar, por até 50 dias após o primeiro desenvolvimento dos esporos.
Em um ambiente favorável, os esporos podem germinar, levando à formação de toxinas. Por isso, a carne precisava ser resfriada a 46 graus Fahrenheit ou abaixo dessa temperatura, lembra o relatório. Inicialmente, em 1992, as autoridades do Reino Unido estabeleceram uma regra de vida útil de 10 dias para carne bovina in natura industrializada, com orientações revisadas e publicadas em 2008.
As novas descobertas podem dar aos processadores de carne a capacidade de aplicar prazos de validade mais alongados aos seus produtos, beneficiando consumidores e meio ambiente graças a níveis mais baixos de desperdício de alimentos e maior sustentabilidade, segundo comunicado à imprensa divulgado pela BMPA.