Travis Black, o exterminador de porcos selvagens do Colorado

Saiba como o Estado norte-americano fez sumir do mapa essa espécie propagadora de doenças que contaminam animais e humanos

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Em texto publicado no site norte-americano Feedstuffs, Travis Black, um senhor de óculos e cavanhaque, aparece em foto exibindo crânios de algumas das espécies invasoras de porcos selvagens que ele ajudou a varrer do mapa do Estado do Colorado, EUA, nos últimos 15 anos. A reportagem em questão detalha o trabalho de sucesso liderado por Black e que resultou na erradicação total da população de porcos selvagens no Colorado – o único Estado dos Estados Unidos até agora a conseguir tal façanha.

Porcos selvagens devastam quase tudo em seu caminho. Eles comem praticamente qualquer coisa que possam capturar e destruir o meio ambiente. Para piorar, espalham doenças para porcos domésticos, outros animais selvagens e até para humanos. Uma vez que os porcos selvagens começam a se reproduzir, eles são quase impossíveis de eliminar, relata a reportagem.


“Até onde eu sei, o Colorado é o único Estado (norte-americano) que anunciou que erradicou todos os porcos selvagens”, comemora Travis Black, que ocupa o cargo de vice-gerente regional da Região Sudeste dos Parques e Vida Selvagem do Colorado (CPW). Lá no Corolado, Black é conhecido como o “especialista em porcos selvagens”.

Início da batalha  – Em 2001, Black estava servindo como “oficial de campo” e observou cerca de 250 suínos selvagens em Big Sandy Creek, na área leste do Estado. O Colorado também tinha uma outra população primária de 100 porcos selvagens no extremo sudeste do Estado, perto do rio Cimeron. Nos anos seguintes, oficiais de campo começaram a observar bolsões isolados de suínos selvagens. “Não há dúvida de que esses porcos foram levados ilegalmente para o Colorado”, conta Black, em texto publicado pelo Feedstuffs.

Para iniciar o combate a porcos selvagens, em 2005, a CPW estabeleceu parceria com o Departamento de Agricultura do Colorado e o Serviço Florestal dos EUA. A partir daí, desenvolve um memorando de entendimento (MOU) especificando como as organizações trabalhariam cooperativamente para lidar com a situação. Na mesma época, uma instalação comercial de produção de suínos, localizada a 11 quilômetros de uma das populações conhecidas de porcos selvagens, testou positivo para a síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos (Porcine Reproductive and Respiratory Syndrome – PRRS) . Tal acontecimento resultou na criação imediata de uma força-tarefa para iniciar, de fato, a batalha contra os porcos selvagens.

“Sabíamos que precisávamos resolver o problema, pois os porcos selvagens são um vetor conhecido para a disseminação do PRRS”, diz Black. Era o momento de inciar uma campanha pública e organizada de incentivo à matança de porcos selvagens, que incluiu até disparos aéreos (com permissão do proprietário) contra os alvos em questão.

Paralelamente, Black liderou uma outra campanha de educação “sobre porcos selvagens” a todos os oficiais de parques do Colorado, dando dicas de como capturar, como distinguir porcos selvagens entre populações de suínos domésticos, etc. Além disso, desenvolveu um sistema de relatórios para começar a coletar dados sobre a localização de porcos, tipos de porcos, número de porcos, tendo como trabalho final a composição de um grandioso banco de dados sobre o assunto. Enquanto isso, o USDA iniciou um programa de monitoramento usando amostras de água de DNA ambiental que pudesse indicar a presença de porcos selvagens.  O departamento também utilizou um sistema de câmeras de trilha para obter evidências fotográficas de porcos selvagens.

Sempre alerta – Quase 15 anos após o início dos esforços para resolver o problema dos porcos selvagens no Colorado, o Estado, como já foi mencionado, conseguiu eliminar por completo as populações de porcos selvagens. No entanto, o controle desse almejado status não tem sido nada fácil, admite Black. Segundo o especialista, os suínos selvagens podem se adaptar à maioria dos habitats. Eles têm uma taxa reprodutiva relativamente alta, reproduzem-se em tenra idade e têm tamanhos de ninhada bastante grandes. “Uma população de porcos pode dobrar facilmente em um ano devido à sua capacidade reprodutiva”, alerta Black, acrescentando que esses animais também têm a capacidade de se dispersar em uma escala bastante rápida”.

De acordo com Black, um dos principais desafios no processo de eliminação dos porcos selvagens é conter o processo de introdução ilegal desses animais por parte dos próprios calcadores. “As pessoas realmente gostam de caçar porcos selvagens, e isso proporciona o deslocamento clandestino desses animais, dificultando o trabalho de erradicação”, admite Black.

Nascido no Texas, Black diz que o seu Estado de origem, localizado na região sul dos EUA, é hoje um grande incentivador da atividade de caça a porcos selvagens. “Sou o primeiro a admitir que caçar porcos selvagens é um chute nas próprias calças”, adverte. “Às vezes é emocionante, mas o que pode resultar dessa atividade não é um problema que você possa desejar ter”, alerta.

 

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