Os preços da carne suína na Bulgária podem subir até 50% este ano – atingindo um dos níveis mais altos de sua história –, depois do registro de surtos de peste suína africana (ASF, na sigla em inglês), informou nesta sexta-feira o portal da GlobalMeatNews, com base em comunicado divulgado pela associação representante do setor de carnes do país.
A Bulgária, membro da União Europeia (UE), pode perder até 100.000 cabeças de suínos, ou cerca de 20% de seu rebanho total, devido à ASF, disse um porta-voz do Ministério da Agricultura daquele país.
Nesta semana, as autoridades locais disseram que matariam 17 mil porcos após detectar um surto de febre suína africana em uma fazenda situada no nordeste do país, a quarta propriedade industrial atingida pelo vírus que se espalha rapidamente, segundo informou a Reuters.
A Bulgária mobilizou forças militares e policiais para o combate da doença e a proteção da indústria local.
A ministra da Agricultura, Desislava Taneva, emitiu uma ordem para iniciar o abate voluntário de porcos em fazendas de origem familiar, não-industriais, consideradas áreas de maior risco de propagação da ASF, devido à falta de medidas de biossegurança.
Essa decisão do governo búlgaro fez com que os preços domésticos da carne suína disparassem e levou os produtores de suínos a iniciar uma onda de protestos em todo o país, informa a reportagem do GlobalMeatNews.