Em uma postagem nas redes sociais, o engenheiro agrônomo Carlos Eduardo Carvalho, da Cooperideal, desabafou: “Por que existe tanto desprezo pelo braquiarão?” E continuou: “Toda vez que se fala em intensificar uma área de pastejo muitas pessoas, mesmo diante de uma pastagem bem estabelecida de braquiária, querem trocá-la pelo mombaça, tanzânia, zuri ou qualquer outra forragem melhor. É claro que estas variedades, incluindo aí também as do gênero cynodon, como o tifton e a jiggs, são melhores em produção e qualidade comparadas com o braquiarão, mas o problema é que o cidadão nunca fez uma calagem, nem adubação de base e, menos ainda, coberturas com nitrogênio para explorar melhor a forrageira que está ali.
Hoje estivemos em uma fazenda no município de Buriti de Goiás onde a taxa de lotação era de 9 UAs/ha no braquiarão, já no primeiro ano de trabalho do produtor.
No caso do leite, se o produtor tiver animais com aproximadamente 15 litros e uma taxa de no mínimo 50% de vacas em lactação no rebanho, poderá alcançar mais de 12.000 litros/ha/ano (já considerado aí mais 1 ha para produção de milho a ser ensilado e fornecido na seca).
No caso do corte, se alcançarmos um ganho de peso de 650 gr/dia, em 180 dias teríamos 35 arrobas/ha/ano, sem considerar suplementação e nem o período seco, ou seja, podendo alçar voos ainda maiores.
É aquela velha história: o melhor capim é aquele que está em sua propriedade, basta apenas manejá-lo…”