O nível de ociosidade da indústria de carne bovina do Mato Grosso caiu em janeiro passado, na comparação com dezembro, informa ao Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). No período, a utilização industrial subiu de 51,10%, em dez/19m para 56,43% em jan/20, elevação de 5,33 pontos percentuais.
No entanto, tal notícia não pode ser motivo de comemoração, já que um dos principais fatores para o aumento das operações totais nas indústrias em janeiro, na comparação com dezembro, foi a ausência de alguns frigoríficos no mercado. Diz o Imea: “cinco frigoríficos ficaram fora de operação em janeiro, enquanto algumas unidades fecharam as portas e outras tiraram férias coletivas”. Essas decisões estão ligadas ao fraco escoamento da carne bovina ao mercado neste início do ano.
No entanto, a saída momentânea de algumas indústrias resultou no aumento da utilização dos frigoríficos que permaneceram em operação em janeiro. “Ou seja, com o remanejamento da oferta de gado daqueles que fecharam, foi possível ampliar a quantidade de animais abatidos por dia dos frigoríficos operantes”, afirma o Imea.
O Imea aponta um terceiro fator para o menor nível de ociosidade: o aumento da quantidade de animais abatidos dentro do Mato Grosso, que, segundo dados do Indea, avançou 14,86% no comparativo mensal (dezembro versus janeiro), totalizando 460,47 mil cabeças.