O Laboratório de Bovinocultura de Corte da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, recebeu no início deste ano dois novos touros avaliados da raça Charolês para utilização no projeto intitulado “Cruzamento rotativo alternado entre as raças Charolês e Nelore”, em andamento desde 1984. A Estância Sá Brito (Alegrete, RS), de Vera Beatriz Plastina Gomes, e a Cabanha Santo Izidro (Dilermando de Aguiar, RS), de Rosa Maria Fleck de Oliveira, selecionaram e cederam, cada uma, um reprodutor PO para a instituição.
De acordo com informações da Associação Brasileira de Criadores de Charolês (ABCC), o estudo vem produzindo uma considerável quantidade de informações científicas que tem sido, inclusive, repassadas aos produtores rurais, além de servir como oportunidade para as aulas práticas dos alunos de graduação dos cursos de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia da UFSM.
No projeto conduzido pela universidade, o esquema de cruzamento rotativo busca alternar a raça do touro, conforme a predominância racial da vaca, com intuito de manter alto o nível de heterozigose e consequentemente, de heterose. Atualmente, estão sendo estudadas as progênies dos cruzamentos referentes a quinta (G5), sexta (G6) e sétima (G7) gerações. Além do desempenho dessas gerações, também está sendo estudada a heterose, pois também constituem o rebanho, os animais racialmente definidos.
Na estação reprodutiva, com intuito de melhoramento do rebanho e treinamento dos alunos, ocorrem 45 dias de inseminação artificial e 45 dias de repasse com os touros, conforme o esquema do cruzamento. Diante da demanda manifestada por integrantes do Laboratório de Bovinocultura de Corte da UFSM, a ABCC interpelou junto aos seus criadores associados, aos quais, oportunamente, guardam propriedades geograficamente próximas à instituição demandante, na possibilidade de cedência de reprodutores da raça para a continuidade do projeto.
“Há muito tempo sabemos que o Charolês precisa evoluir com base nos dados de pesquisas acadêmicas, provas de desempenho, a exemplo das provas realizadas em parceria com a Embrapa Pecuária Sul e dos programas de melhoramento, como o Promebo. Este é o caminho para que o Charolês caminhe junto à pecuária moderna e com eficiência e por isso, só temos a agradecer à UFSM pelo espaço conferido à raça e também, à Estância Sá Brito e a Cabanha Santo Izidro por atenderem nosso chamado”, revela o presidente da ABCC, Cesar Adams Cezar.
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Fonte: Associação Brasileira de Criadores de Charolês (ABCC)
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