A UPL Limited anunciou sexta-feira, 1º de fevereiro, a conclusão da aquisição da Arysta LifeScience, por US$ 4,2 bilhões. A conclusão da transação, que foi assinada em julho de 2018, marca importante passo na história da empresa indiana. A compra fortalece a posição da UPL como uma das líderes em soluções agrícolas, com cerca de US$ 5 bilhões em vendas anuais, o que a coloca como quinta maior empresa do setor de agroquímicos, conforme revelou Carlos Pellicer, COO Global de Estratégia da UPL, em coletiva para a imprensa, na sede da empresa no Brasil, em Campinas, SP.
A integração UPL e Arysta no mundo e no Brasil está adiantada e toda a equipe de gerenciamento está focada na criação de valor e na garantia de sinergias após a conclusão da aquisição”. Pellicer analisou ainda que “as aprovações dos agentes regulatórios internacionais deveu-se ao fato de que as linhas de produtos das duas empresas são complementares, com alta sinergia, e sem sobreposição, o que permitiu a aprovação sem a obrigatoriedade da UPL ter de vender ativos, como aconteceu nas recentes aquisições, por exemplo, entre Bayer-Monsanto, ou Dow-DuPont.
No mundo, a UPL está agora dividida em 7 grandes regiões de negócio, sendo que o Brasil, isoladamente, é uma delas, devido à sua importância no contexto da agricultura mundial e demandas da cadeia da produção de alimentos. As operações no Brasil e América Latina são comandadas por Fábio Torreta, ex-presidente da Arysta no Brasil.
A nova UPL está presente em 76 países e registra vendas em mais de 130 países. A empresa oferece a patir de agora um portfólio integrado de soluções agrícolas patenteadas e pós-patenteadas para diversas culturas, incluindo produtos químicos para proteção de cultivos, soluções biológicas e tratamentos de sementes para toda a cadeia.
Plantio de pulses
No Brasil, conforme Pellicer, a UPL vai incentivar entre seus clientes o plantio de pulses (proteínas vegetais, como grão-de-bico, lentilhas, feijões), para atender necessidades de consumo do mercado indiano. Pelicer antecipou que a UPL estuda a implantação de um sistema de barter para estimular os agricultores brasileiros a plantar os pulses, pois a Índia possui 1,2 bilhão de consumidores de proteínas vegetais, por ser um mercado essencialmente vegetariano.
Entre as 5 maiores empresas de agroquímicos no mundo, em termos de faturamento, a UPL é a única que não dispõe de sementes transgênicas próprias. Conforme revelou Pellicer, “vamos enfrentar a concorrência com criatividade, inovando na agricultura, e citou como exemplo de estratégia da UPL o uso dos fungicidas à base de mancozeb no controle da ferrugem da China, chamados de multissítios”. No caso, Pellicer referiu-se à prática que ajudou a reduzir o fenômeno da resistência dessa doença da soja aos fungicidas de última geração.
Fonte: Portal DBO