“Uso de hormônios na produção de aves é antieconômico”

Pesquisador do Instituto de Zootecnia da Secretaria de Agricultura de SP desfaz mitos entorno da produção de aves no país

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Embora seja proibido por lei no Brasil, cerca de 70% da população acredita que a produção brasileira de frango faça uso de hormônios de crescimento. Os dados foram apresentados pelo pesquisador do Instituto de Zootecnia da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, José Evandro de Moraes, durante a Tecno Carne.

“O mito ultrapassou os limites sociais e atingiu os grupos mais bem informados, refletindo uma falha de interpretação que envolveu anos”, explica o pesquisador. Moraes elenca algumas razões para o mito ter se propagado, entre eles o uso de hormônios em pesquisas com aves e a própria indústria, que chegou a ostentar o selo “sem hormônio” em suas embalagens  há alguns anos como forma de publicidade.


Outro fator de confusão destacado pelo pesquisador é o uso de promotores de crescimento, confundidos com hormônios. Essas substâncias, contudo, são compostas por antibióticos e probióticos em dosagens menores que as indicadas para tratamento médico, permitindo uma maior absorção nutricional pelos animais. Esses produtos, destaca o pesquisador, são mais baratos que qualquer hormônio, tornando o tratamento hormonal para fins de ganho de peso algo antieconômico.

“Não teria cabimento. Você nunca vai encontrar um frango com esse problema.O que você vai encontrar em frigoríficos ilegais é o abate irregular, mas nesse caso os animais certamente não terão recebido nem hormônio e nem promotores de crescimento. Seria um frango de baixo investimento”, explica.

O surgimento de diversas categorias de produção (orgânica, sustentável, cage free, etc) também são fatores que contribuem para confundir o consumidor. “O brasileiro não esta acostumado com esses termos até mesmo porque são recentes mesmo. E essa confusão, eu acredito, vai demorar pra acabar porque ainda vão surgir outros produtos e outros nichos de mercado”, avalia Moraes.

Segundo o pesquisador, é preciso que haja um esforço conjunto do setor de produção com a área médica para desfazer um mito que se arrasta há mais de duas décadas. “O Brasil é líder mundial em produção de proteína animal e essas coisas mancham a nossa imagem no mercado internacional. São ruins não só para o setor, mas para o país como um todo”, alerta Moraes.

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