O mercado de leilões iniciou o ano agitado. Mesmo sem nenhum evento em janeiro a agenda de fevereiro trouxe nove remates que venderam 928 lotes por R$ 5,2 milhões, de acordo com o Banco de Dados da DBO. Em comparação com o mesmo mês no ano anterior, a oferta cresceu 65% e a receita 23,9%.
Segundo o leiloeiro João Gabriel, os resultados refletem o atual cenário de otimismo e mostram que o setor terá um ano de plena recuperação em comparação com temporadas anteriores. “A expectativa é de um ano de valorização, onde o produtor finalmente consiga ter uma boa remuneração, compensando o achatamento de margens que sofreu nos últimos anos”, destacou.
Um dos principais fatores destacados pelo leiloeiro é a valorização no preço do bezerro no primeiro bimestre. De acordo com o Indicador ESALQ, na comparação anual, a média de preços do bezerro em Mato Grosso do Sul subiu 1,5%, saindo de R$ 1.199,39 no dia 2 de janeiro para R$ 1.217,43 no dia 7 de março.
“Essa correção de preços deve ser maior nos próximos meses e dar sustentabilidade ao mercado de animais avaliados e elite nos próximos meses. Afinal, os bezerros são a base de qualquer modelo de trabalho dentro da pecuária de corte”, destacou.
Além da valorização do bezerro o leiloeiro acrescentou que a necessidade de recomposição de rebanho será outro fator altista para a sustentação de preços no mercado. “Estamos vindo de, pelo menos, três anos de abates de fêmeas, e será necessário que o pecuarista saia no mercado em busca de boas matrizes para recompor o seu plantel”, avalia o leiloeiro. “Todos os indicadores não nos deixam dúvida de que teremos um ano extremamente positivo”, concluiu