O Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) divulgou nesta segunda-feira, 8 de junho, a sua terceira análise (veja mais detalhes na tabela abaixo) envolvendo o monitoramento dos leilões virtuais de terneiros no estado.
+ MG: Cartilha detalha normas para feiras e leilões do Pró-Genética e Pró-Fêmeas
A mais recente publicação do NESPro, que abrange informações coletadas em 17 remates realizados entre os dias 16 e 31 de maio, mostra que foram comercializados 7.188 animais ao preço médio de R$ 1.237. O médico veterinário Júlio Barcellos, coordenador do NESPro, reforça que o modelo virtual de venda ainda é uma novidade para gado comercial e de reposição.
“Há muito o que aprender por parte das leiloeiras, como o tipo de plataforma de transmissão, qualidade de imagem e som e recebimento dos lances. Mas, a maior quebra de paradigma ainda é uma detalhada caracterização do bezerro que está sendo ofertado por parte de quem vende e pelo leiloeiro”, avalia Júlio.
Desde 15 de abril até o dia 31 do mês passado, as avaliações do núcleo da UFRGS já envolveram 40 eventos transmitidos pela TV e internet e 30.000 cabeças, apontando 90% de liquidez em todos os remates.
“Assim como no Brasil Central, a alta liquidez registrada no Rio Grande do Sul demonstra um mercado de reposição aquecido, mas o preço de bezerro ainda está barato”, acredita Barcellos. Para ele, o preço do bezerro começa reagir em uma magnitude inferior ao Brasil Central, motivado pelo preço do boi gordo e pelas chuvas que estão revigorando as pastagens gaúchas.
O balanço final da pesquisa desenvolvida pela equipe do NESPro, que também apresentou ao mercado uma cartilha com estratégias aos pecuaristas gaúchos, será divulgada no final do mês de junho.