Balanças começam a ser mais usadas em sistemas a pasto, auxiliando o produtor a identificar o “boi ladrão”, calibrar a dieta e identificar animais prontos para venda
Por Renato Villela
Introduzidas, inicialmente, nos confinamentos, as “balanças de passagem” já estão chegando aos sistemas de produção a pasto, possibilitando acompanhar o desempenho dos animais individualmente, “em tempo real”; identificar o chamado “boi ladrão” (que traz prejuízos para o pecuarista) e fazer ajustes na dieta, quando necessário. No caso específico da terminação, dá para saber se os animais estão no ponto de abate, sem tirá-los do piquete e conduzi-los até o curral, o que facilita o manejo do gado e, consequentemente, reduz seu nível de estresse.
Produtor de grãos, Ruy Pereira de Queiroz, proprietário da Fazenda Ingazeiro, no município de Ubirajara (SP), enxergou na atividade pecuária uma oportunidade para melhorar as características físicas do solo, de textura arenosa, e, assim, aumentar a produtividade das lavouras.
Além de reservar espaço para pastagens entre um cultivo e outro nas glebas irrigadas, ele montou cinco módulos fixos de rotacionado, dedicados à recria/engorda intensivas. Foi justamente na entrada da área de lazer desses módulos que Queiroz instalou balanças, sobre as quais os bovinos necessariamente têm de passar para acessar o bebedouro e o cocho. Duas já estão instaladas e mais três devem chegar à fazenda em breve.