Confira os destaques da seção ‘Giro Rápido’ da Revista DBO de março
Carapreta mira mercado do Oriente Médio
A marca de carnes Carapreta, de Minas Gerais, decidiu ingressar nas feiras internacionais, começando pela mostra de Gulfood, realizada tradicionalmente nos primeiros meses do ano, em Dubai, nos Emirados Árabes. A escolha da empresa foi estratégica. Em 2022, a carne bovina brasileira ficou entre os produtos nacionais mais exportados para o bloco de 22 países árabes no Oriente Médio e norte da África. Os embarques de derivados de bovinos para a região subiram 13,5%, totalizando US$ 1,04 bilhão. Os dados são da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.
A marca estima que, com a expansão no mercado externo, 20% do faturamento anual passe a ser proveniente de vendas para o exterior. A Carapreta já exporta Hong Kong, Palestina, Bahamas, Bermudas e Uruguai, dentre outros. SAIBA MAIS AQUI!
Minerva se torna líder na produção de carne no Uruguai
A Minerva Foods anunciou, em fevereiro, a aquisição do frigorífico Breeders and Packers Uruguay, subsidiária da NH Foods Group (NH Foods), pelo valor aproximado de US$ 40 milhões. Com isso, a companhia passa a ser líder na produção de carne bovina no Uruguai, com uma capacidade total de abate de 3.700 cabeças/dia, distribuídas por quatro unidades frigoríficas: Pul, Carrasco, Canelones e, agora, a BPU Meat.
A nova planta está localizada nas proximidades da cidade de Durazno e tem 85% das vendas direcionadas ao mercado externo, tendo como destino países com população de elevado poder aquisitivo e demanda por produtos premium, como Japão e Coreia do Sul.
Gastronomia pantaneira ganha roteiro
O chef sul-mato-grossense Paulo Machado está à frente da “Rota Gastronômica Pantaneira”, circuito turístico promovido em parceria com o Sebrae-MS e o Fundo de Turismo do Mato Grosso do Sul, lançado em dezembro passado.
A rota percorrerá, de fins de março a fins de abril, 10 propriedades do Pantanal sul-mato-grossense, oferecendo aos visitantes passeios pelo bioma Pantanal e a experimentação de pratos típicos consumidos na região. “A comida é uma das melhores formas de conhecer a cultura de um lugar”, diz o chef, que é autor do livro “Cozinha pantaneira: comitiva de sabores”, lançado em 2020, pela Editora Bei. Machado já escreveu dois artigos para a DBO, na seção “Sabor da Carne”.
Na boca dos ruminantes
De leitura fácil e contando com informações relevantes, distribuídas em 164 páginas, o livro “Saúde Bucal de Ruminantes” foi lançado pela Editora Funep e patrocinado pela Phibro Saúde Animal.
A obra – de autoria dos professores Iveraldo Santos Dutra, da Unesp de Araçatuba, e Ana Carolina Borsanelli, da Universidade Federal de Goiás – trata com profundidade doenças que começam pela boca do animal e podem afetar o desempenho produtivo em até 30%, como a periodontite, que já foi tema de reportagem de capa da DBO em dezembro de 2019, sob o título “O mal está na boca”, escrita pelo repórter Renato Villela. Leia a reportagem AQUI!
Licença para uso de herbicidas incomoda produtores no Norte
A exigência de licença ambiental para o uso de herbicidas e inseticidas em manejos e intervenções de pasto têm causado transtorno para os pecuaristas em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará. As exigências vão desde a aplicação de agroquímicos até o gradeamento e a reforma do pasto, com multas que podem chegar a R$ 5.000, segundo o consultor em pastagens Wagner Pires, que atende propriedades no norte do País.
A queixa principal é quanto à burocracia para a realização de manejos de rotina dentro da propriedade, além dos requisitos para a emissão da licença. Para obtê-la, é necessário preencher um requerimento padrão e apresentar documentos pessoais e da propriedade, incluindo o CAR.
Outros dados são preenchidos na própria Secretaria Municipal de Meio Ambiente (croqui de área, nota fiscal dos herbicidas em nome do comprador e o termo de responsabilidade técnica do agrônomo responsável pela agropecuária), onde é emitida a guia de arrecadação a ser paga pelo pecuarista, outro ponto de discordância.
Embrapa e Bayer traçam “mapa” da resistência de plantas daninhas
Um estudo da Bayer e da Embrapa traçou um panorama inédito da resistência de plantas daninhas a herbicidas em diferentes sistemas produtivos e regiões do Brasil. Com atividades desenvolvidas em lavouras de milho, trigo, soja, algodão e áreas de pastagens, o projeto, iniciado em 2017, foi estruturado em etapas. Primeiro, fez-se um levantamento das espécies de plantas daninhas existentes e a caracterização de sua resposta aos herbicidas, para detectar resistência ou não. Em seguida, foram montados experimentos para o desenvolvimento de estratégias de manejo e de prevenção dessa resistência.
Todos os dados coletados estão disponíveis publicamente em uma plataforma digital, que permite visualizar os pontos no mapa do Brasil ou em gráficos, onde o usuário também pode aplicar diferentes filtros para consultar ocorrências a partir do ano, tipo de cultura e espécie de planta daninha, herbicida usado, mecanismo de ação e tipo de resistência. O objetivo do trabalho, segundo as empresas envolvidas, é fornecer subsídios para se analisar as ocorrência no território nacional e favorecer o entendimento de métodos químicos de controle e alternativas de manejo disponíveis. Mais informações em: www.mapas.cnpm.embrapa.br/apps/bayer/#/home.
Comissão Nacional de Mulheres do Agro anuncia presidência e diretrizes
Em fevereiro, a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) realizou a primeira reunião da Comissão Nacional de Mulheres do Agro, criada pela entidade em agosto do ano passado. O evento foi aberto pelo diretor técnico Bruno Lucchi e definiu ações e estratégias que podem ser trabalhadas em cada Estado para ampliar e fortalecer a participação das mulheres no sistema sindical e, assim, desenvolver a liderança feminina no setor agropecuário.
Na ocasião, também foi apresentada a presidente Stéphanie Ferreira, além das vices Geni Schenkel e Simone de Paula. A comissão terá seu conselho consultivo formado por cinco mulheres das áreas de gestão de pessoas, empresarial e finanças, desenvolvimento pessoal, comunicação e marketing.
Luto por Gabriel Donato de Andrade
DBO presta aqui uma singela homenagem a Gabriel Donato de Andrade, que faleceu em 2 de janeiro, deixando amigos e uma legião de admiradores, em função da enorme contribuição por ele dada ao desenvolvimento de diferentes plantéis das raças Gir Leiteiro e Nelore. Donato tinha 96 anos de idade e fez dos seus criatórios, a Colonial Agropecuária e a Fazenda Calciolândia (onde nasceu, em 1926), sinônimos de genética de qualidade no Brasil. Em 1990, teve seu nome gravado em um dos pavilhões do parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), como reconhecimento da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) por sua trajetória, que não se restringiu apenas à pecuária.
Engenheiro civil desde os 22 anos, Gabriel Donato participou de obras nacionais que ajudaram a colocar o Brasil nos trilhos da modernidade, todas à frente da Construtora Andrade Gutierrez, que fundou em 1948, ao lado de Roberto Andrade e Flávio Gutierrez. SAIBA MAIS AQUI!
