Em artigo, Matheus Moretti, Gestor Técnico de Bovinos de Corte da Agroceres Multimix, detalha atributos dos coprodutos do etanol de milho e discute a nomenclatura deles
Por Matheus Moretti, Gestor Técnico de Bovinos de Corte da Agroceres Multimix e Simone Garcia, Consultora de Serviços Técnicos da Agroceres Multimix
Com a difusão das usinas de etanol de milho no Brasil, cresceu a oferta de coprodutos da fermentação desse cereal para a nutrição de bovinos. Conforme estimativas da União Nacional de Etanol de Milho (Unem), o Brasil produzirá 2 milhões de toneladas de “grãos destilados” em 2021/2022, devendo atingir 6 milhões de toneladas em 2030/2031.
O emprego desses insumos em suplementos e rações, contudo, exige conhecimento prévio sobre o processo industrial que lhe deu origem, além de sua composição nutricional, para que se possa maximizar o desempenho animal e o resultado econômico da fazenda. Levantar essas informações junto ao vendedor e fazer análise laboratorial de amostras antes da formulação da ração pode fazer total diferença.
Tais cuidados (recomendáveis para qualquer ingrediente) tornam-se especialmente importantes no caso dos coprodutos de usinas de etanol de milho, todos chamados genericamente de DDG, sigla em inglês para Dry Distillers Grains (grãos secos de destilaria), por falta de termos adequados em português.
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Isso tem causado grande confusão, porque existem diferentes processos de produção de etanol de milho, com geração de coprodutos também diferentes (secos ou úmidos, com mais ou menos fibra, mais ou menos proteína ou energia). Para entender melhor isso, vale uma revisão rápida sobre os dois processos industriais mais comuns de produção de etanol a partir do cereal.